sexta-feira, 27 de junho de 2008

Novos dados sobre animais ameaçados de extinção


No dia 23 de maio de 2003, Dia International da Biodiveridade, em Brasília, foi divulgada a nova Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.
A lista foi elaborada pela ong Fundação Biodiversitas a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Mais de 200 especialistas estiveram reunidos para revisar a lista anterior, divulgada há 13 anos onde figuravam 218 animais. O processo total de revisão foi dividido em sete grupos: mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, invertebrados terrestres e invertebrados aquáticos.
Na edição revisada foram registrados 395 animais ameaçados de extinção, dos quais, oito (08) estão seguramente extintos. Entre eles estão a Arara-azul pequena, o Maçarico-esquimó e o Minhocoçu.
Para classificar as espécies foram adotadas categorias de ameaças baseadas em critérios internacionais da União Mundial para a Natureza (IUCN). As categorias utilizadas foram: Extinta, Extinta na natureza, Criticamente em perigo, Em perigo, Vulnerável, Quase ameaçadas e Dados insuficientes.

Segundo esses critérios, entraram na lista animais como o macaco Guariba-de-mãos-ruivas, Veado-bororó-do-sul, Macaco-prego, Besouro-rola-bosta, Cobra dormideira-da-queimada-grande, Jararaca-ilhoa, Guigó e várias borboletas, besouros e aranhas.
Mas a lista também traz algumas notícias boas como a saída de alguns animais.

Deixaram a lista: Veado-campeiro, Guará, Gato-do-mato, Doninha-amazônica, Jacaré-açu, Jacaré-do-papo-amarelo, Gavião-real e Surucucu.

Para a divulgação dos resultados, o Ibama optou por dois momentos: hoje estão sendo publicados todos os grupos, à exceção de peixes e invertebrados aquáticos, que serão divulgados em até dois meses. Esses dois últimos tiveram sua divulgação temporariamente adiada, em virtude de uma necessidade do Ibama de se avaliar as algumas espécies como camarões, caranguejos e peixes de água doce, sob a luz de sua importância econômica.
Para os especialistas que revisaram a lista, o fator decisivo para o crescimento do número de espécies ameaçadas foi o aumento do conhecimento científico relativo à fauna selvagem no país.
Outros aspectos que contribuíram para o resultado da lista foram: a maior compreensão da dinâmica ecológica dos biomas nacionais, a elaboração de listas estaduais e a descoberta de novas espécies.
Além disso, a destruição de habitat e as pressões provocadas por desmatamentos, queimadas, caça ilegal e captura de animais para o tráfico são apontadas como as ações humanas que mais causam impacto na sobrevivência dessas espécies.
A nova versão da lista passa a ser o mais importante instrumento de gestão da fauna ameaçada no país e deverá orientar governo e sociedade nas ações de conservação nos próximos anos.
A elaboração da lista teve ainda parceria da Sociedade Brasileira de Zoologia, Conservation International do Brasil e Instituto Terra Brasilis. Essa foi a mais significativa reunião de zoólogos e especialistas em fauna no país em torno do tema das espécies ameaçadas.

A nova lista oferece à sociedade parâmetro seguros e coerentes de conhecimentos científicos.
Segundo a bióloga Gláucia Drummond, "o fato de se ter trabalhado com critérios reconhecidamente eficientes para avaliação das espécies faz com essa lista seja mais consistente do que a de 89". Ela acredita também que "a observação da categoria na qual cada uma das espécies foi posicionada permitirá a adoção de estratégias mais eficientes para melhorar o status de conservação ou de conhecimento da nossa fauna".

Para maiores informações a respeito das espécies ameaçadas de extinção, acesse:



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