quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Alugam-se cães. Falar com canis.

O aluguel de cachorros populariza-se no Brasil e no exterior, mas levanta a discussão sobre até que ponto o homem pode dispor dos animais.
Uma tentativa de assalto à casa da veterinária Fabíola Setim Prioste, em abril de 2006, levou-a à decisão de instalar câmeras, mas o prazo de um mês para a realização do serviço a desanimou. Foi aí que ela optou por outra forma menos comum de garantir sua segurança: o aluguel de cães de guarda. "Naquela época, meu marido estava trabalhando no Rio e eu ficava sozinha com as crianças em São Paulo. Sem as câmeras, pensei em alugar um cão", disse Fabíola. Johnie foi o cão eleito.

Muito magro, com o pêlo opaco e temperamento dócil, o pastor alemão nunca havia tido uma casa ou brincado em um gramado. O animal de aluguel latia histericamente durante a noite e, apesar de perturbar o sono da família, manteve a casa segura. Uma semana depois, Johnie apresentou uma séria diarréia, e o canil que o alugou ignorou as diversas tentativas de Fabíola de falar com o veterinário responsável. A família decidiu cuidar do cão por conta própria e o acabou comprando após o término do contrato de locação, para a alegria dos quatro filhos. Fabíola é um dos exemplos de um mercado em expansão.

O aluguel de cães de guarda popularizou-se na última década e hoje conta com muitos canis especializados, sobretudo nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, ainda não há uma associação que reúna esses canis nem uma estimativa da participação desse segmento no mercado pet, que cresce cerca de 10% ao ano. Os "inquilinos", geralmente empresas, afirmam que o cão complementa a ronda feita pelos vigias, pois está sempre alerta. Imobiliárias e construtoras costumam também manter animais nas obras em andamento, para evitar invasões. Francisco Júnior, um dos proprietários da empresa paulistana de locação de cães Matrix, viu seu negócio crescer muito nos últimos dez anos. "O cão gera um efeito psicológico muito grande. Deixa o vigia mais seguro e inibe o criminoso", afirma. Com 40 cães e cerca de 25 clientes fixos, a Matrix oferece mensalidades que variam de R$ 450 a R$ 700, dependendo do grau de adestramento do cachorro.

O laboratório Roche utiliza seis cães da Matrix há mais de cinco anos. Os seguranças recebem treinamento três ou quatro vezes ao ano, para aprenderem a melhor forma de tratar os animais. "Os cachorros têm forte vínculo com os seguranças, é como se eles fossem seus donos", afirma Daniel de Conceição Rodrigues, técnico em segurança do trabalho da empresa. Se no Brasil o foco desse mercado está na segurança patrimonial, em países como os Estados Unidos, Inglaterra e Japão as pessoas procuram cães apenas para servir de companhia, sem ter as responsabilidades de um dono, como o cuidado em horário integral. Nova York foi pioneira no serviço, que logo se espalhou por todo o país.

Contudo, a pressão por parte dos ambientalistas foi tão grande nos Estados Unidos que hoje muitos Estados proíbem a prática. No Japão, é possível alugar cães em diversas cidades. Na rede de lojas especializadas Janet Village, o aluguel pode ficar entre 1.575 ienes (R$ 25) por hora para cães pequenos e 2.100 ienes (R$ 34) para animais maiores. Os pacotes mais populares são a diária e o aluguel por duas horas.

Maus tratos

Nem todos os cães de aluguel têm a mesma sorte dos animais da empresa Roche. Eles apresentam com freqüência problemas físicos e psicológicos quando não têm um dono ou tratador que se responsabilize por eles. De acordo com Marta Giraldes, coordenadora da ONG Aliança Internacional do Animal, muitos canis alugam às empresas de vigilância animais que sobraram das ninhadas destinadas à venda. Esses cachorros muitas vezes passam por diversos donos, sem nunca estabelecer um vínculo com alguém, o que pode gerar distúrbios de personalidade. "Os cães alugados costumam ser subalimentados. Se não é a empresa quem fornece a ração, os locatários muitas vezes não dão a comida necessária aos animais", afirma Marta.

Denúncias de maus-tratos são freqüentes, e muitos cães morrem jovens, vítimas de exaustão ou inanição. Quando não estão mais aptos ao trabalho, alguns são sacrificados. A prática de alugar cães já foi proibida em Curitiba. No ano passado, um projeto de lei para regularizar o serviço chegou a tramitar na Câmara Municipal, mas entidades de defesa dos animais conseguiram arquivar a proposta e propor sua proibição, que foi regulamentada em janeiro deste ano, com multas de até R$ 500 por animal para quem descumprir a lei.

No estado de São Paulo, tornou-se lei um projeto do deputado Feliciano Filho (PV) que proíbe os centros de zoonose de sacrificar cães e gatos abandonados. A norma, porém, nada diz a respeito do aluguel de cães de guarda. Segundo o deputado, as empresas de locação que maltratam os cães devem ser punidas, mas ele pondera que alguns canis são sérios e garantem a saúde dos animais por meio da visita diária de um tratador. "As ONGs doam às empresas de segurança muitos cães ferozes que foram abandonados", afirma Feliciano.

Marta Giraldes diz que os canis e clientes dos cães alugados deveriam ver como são tratados os cachorros que trabalham com policiais. "Os cães da polícia e do Exército são um exemplo", afirma Marta. Treinado desde filhote, vacinado e bem alimentado, o animal pode trabalhar junto com um policial por até 5 anos.

Fonte: Época

Levar um "beijo" de seu cão não faz mal

Uma pesquisa realizada pela veterinária Kate Stenske, da Kansas State University, mostrou que o contato próximo entre cães e os seus donos não traz riscos para a saúde humana. Segundo a pesquisadora, dormir ao lado do cão de estimação ou levar uma lambida no rosto não causa doenças.
O estudo de Kate, que será publicado na próxima edição do American Journal of Veterinary Research, analisou os riscos relacionados à bactéria Escherichia coli, causadora de problemas comuns como infecções intestinais. Para isso, a veterinária coletou amostras de fezes de cães e de seus proprietários.

A pesquisa demonstrou que, na maioria dos casos, o micro-organismo encontrado nos seres humanos é mais resistente - e, por isso, mais perigoso à saúde - do que o encontrado entre os cães. Em 10% dos casos, cães e seus proprietários compartilhavam o mesmo tipo da bactéria E. coli. Isso quer dizer que, na maior parte das vezes, os humanos são mais perigosos para os cães - ao transmitir uma bactéria mais resistente - do que o contrário. Apesar disso, Kate recomenda sempre ter bom senso na prática da higiene pessoal: é fundamental lavar bem as mãos antes de preparar alguma refeição ou de brincar com seu cachorro, por exemplo.

A veterinária afirma ainda que o interesse pelo tema nasceu em função da relação quase paternal que os donos desenvolvem com seus cachorros de estimação. "Há estudos que mostram que 84% das pessoas dizem o cão é como um filho para eles", diz. Para Kate, a conclusão de seu estudo traz vantagens físicas e psicológicas para cães e proprietários, uma vez que libera os carinhos entre eles. O próximo passo, segundo Kate, é analisar a relação da E. coli em gatos e seus proprietários. Segundo a veterinária, o estudo pode trazer novidades sobre o tema, já que a relação entre felinos e humanos é diferente da nossa relação com os cães.

Cada macaco no seu galho!

Gorilas vencem conflito no Congo

Uma boa notícia no Parque Nacional de Virunga, na África, um dos últimos refúgios de gorilas selvagens. Enquanto os humanos se matam na região, os gorilas estão conseguindo sobreviver. Uma recontagem dos animais que vivem na reserva mostrou que a população de primatas cresceu de 72 para 81 gorilas. Um aumento de 12,5% no número desses animais, ameaçados de extinção pela caça e por uma sangrenta guerra civil que assolou o Congo há dois anos. O parque está localizado em uma das fronteiras mais violentas da África, entre Ruanda, Uganda e a República Democrática do Congo. Por ter acesso a todos esses países, parte da reserva de Virunga foi tomada por tropas rebeldes fiéis a Laurent Nkunda, opositor do governo do Congo.

O Parque Nacional de Virunga é um dos últimos refúgios dos 720 gorilas da montanha que vivem livres na natureza. A região é um dos locais prioritários do planeta para a conservação da natureza. No início de dezembro os rebeldes tomaram a sede do Parque e expulsaram os funcionários. Muitos não conseguiram fugir da região e ficaram isolados na selva. Os gorilas também ficaram 16 meses abandonados cercados pelo fogo cruzado entre guerrilheiros e tropas do governo. Em dezembro o monitoramento dos gorilas voltou a acontecer. Depois de um acordo firmado entre o diretor do Parque Emmanuel de Merode e o grupo rebelde. Mas a segurança na região ainda é precária. No dia oito de janeiro uma guarda parque foi morto.

A caça é outra ameaça. Várias armadilhas foram encontradas nas matas do Virunga, o que representa um segundo ricos aos primatas. “Os gorilas da montanha não tem medo de seres humanos, o que os torna especialmente vulneráveis ao perigo”, diz Marc Languy do Programa Regional do WWF na África. “Estamos aliviados por ver que em vez do número de gorilas diminuir, a população cresceu”.

Fonte: Época

Clonagem!

Cães da raça beagle são clonados com nova técnica na Coréia do Sul
Cadela 'mãe de aluguel' alimenta dois cãezinhos clonados na Coréia do Sul. O nascimento dos beagles 'Magic' e 'Stem', que ocorreu na terça-feira (27), foi anunciado pelo laboratório de biotecnologia RNL Bio, que diz ter desenvolvido uma nova técnica para clonar cachorros. No procedimento, foram usadas células-tronco do tecido adiposo, que - segundo o laboratório - aumentam as chances de sucesso. (Foto: RNL Bio/Reuters)

Fonte: G1

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Você é o Veterinário!!!

Todos que gostam de animais já se perguntaram como cuidar de um bichinho machucado, triste ou doente. Para ensinar práticas de primeiros-socorros básicas a essas pessoas, e conscientizar as crianças sobre os cuidados e responsabilidades que envolvem a posse de um animal, a entidade filantrópica americana The Humane Society criou o jogo de computador Pet Pals: New Leash on Life (em português, o nome seria Amigos Animais: Novas condutas na vida).
No game, o jogador é um veterinário em um abrigo de animais e tem como objetivo conseguir novos lares para os 15 diferentes tipos de bichos abandonados – entre gatos, cães, chinchilas e papagaios. Para que a adoção seja realizada com sucesso, é preciso garantir que todos os animais estão saudáveis, felizes e adestrados. O jogador pode diagnosticar 35 diferentes casos de animais doentes ou com problemas psicológicos, cada um deles escrito com a consultoria de veterinários. Os casos tornam-se mais complicados à medida que o jogador avança.
Quem quiser conferir o Pet Pals: New Leash on Life, pode baixar sua versão gratuita no
site do game.


Fonte: Época

O resgate felino em Gaza


Não são só os seres humanos que precisam de ajuda na Palestina. Os bombardeios israelenses também vitimaram muitos animais e destruíram suas casas. Mas os bichos não estão sendo esquecidos. Na foto, dois meninos da Cidade de Gaza recolhem gatos perdidos na rua e levam para suas casas. Esperamos que sejam bem cuidados pelas crianças.