Há atualmente mais de quatrocentas raças diferentes de cães, mas todos os cães, independentemente da raça a que pertençam hoje, descendem dos lobos que começaram a ser domados por caçadores humanos há cerca de 12.000 anos, no final da Era do Gelo.
Nesta época, o humano caçador e o lobo competiam pela mesma caça, formando, gradualmente, uma aliança.
A estrutura social das comunidades de lobos é mais próxima com a sociedade humana do que a de qualquer outro animal: é baseada em uma hierarquia de indivíduos dominantes e submissos, onde cada um está a par de seu status em relação aos outros da comunidade.
Jovens filhotes lobos eram introduzidos em comunidades de caçadores humanos, e ocasionalmente um filhote de lobo de natureza tranqüila e submisso chegava à fase adulta aceitando os humanos como parte da matilha. Por mais que estes lobos tenham ficado mansos e sociáveis em companhia humana, estavam muito longe de serem domesticados - o processo de domesticação foi lento, desenvolvendo passo a passo ao longo de várias gerações.
Enquanto lobos com temperamentos mais calmos procriavam junto à comunidade humana, seus filhotes cresciam em um ambiente protetor, não mais precisando sair e caçar animais grandes. De geração em geração, os lobos mansos foram sofrendo alterações genéticas em relação aos seus primos selvagens, seguindo um processo de evolução e seleção natural respondendo a fatores do ambiente humano.
Mudanças físicas incluíram o porte dos animais, o formato do crânio, a cor e textura da pelagem, o tamanho dos dentes e o formato dos olhos. No estágio final da domesticação, os humanos começaram a criar diferentes tipos de cães em um processo de seleção artificial de cor, tamanho, tipo de pelagem, formato das orelhas e rabo, além de temperamento. As primeiras pessoas a desenvolver diferentes raças caninas provavelmente foram os romanos - que tinham cães variados para diferentes propósitos, como, por exemplo cães de caça, cães de guarda, ovelheiros e cães de colo.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
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