quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Jubartes não estão mais na categoria de animais sob grande risco de extinção

Está aberta a temporada do turismo de observação da baleia jubarte. De julho a novembro, barcos saem da praia do Forte, de Itacaré e de Caravelas, na Bahia, lotados de caçadores de belas imagens, munidos com máquinas fotográficas, prontos para disparar dezenas de fotos.

Graças as ações da IUCN ( em português, União Internacional para a Conservação da Natureza) e da lei brasileira 7643/87 que proibiu a caça e o molestamento destes enormes cetáceos, a baleia jubarte deixou a categoria de animal sob grande risco de extinção para baixo risco. Em todo o mundo, elas alcançaram o número de 30 mil e, no Brasil, são hoje 6.250.

Atualmente, a estimativa é de que existam 27% da população original das jubartes na costa brasileira, mais precisamente do litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. No auge da perseguição às baleias, em 1904, elas foram praticamente dizimadas restando apenas 5% da população que aqui vivia originalmente. A caça às baleias-jubarte data de 1602, quando a população de 30 mil mamíferos marinhos começou a sofrer as conseqüências de um mercado sanguinário e cruel.


Segundo a diretora-presidente do Instituto Baleia Jubarte, Márcia Engel, o número de jubartes, que saem das Ilhas Malvinas e vêm para cá procriar, aumentou no país como conseqüência dos trabalhos de conservação.
- O Brasil é um grande ícone da preservação das baleias. Mas a posição de alguns países membros da comissão internacional das baleias ainda demanda cautela. O Japão tem anunciado que vai voltar a realizar a caça, como fazem a Noruega e Islândia - disse

Para Márcia, o turismo de observação também auxilia nos esforços de preservação, pois serve para sensibilizar a opinião pública.
- Quem vê uma baleia, jamais esquece. É uma experiência única.
Fonte: O Globo

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