quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dermatite Alérgica a Pulgas

Você deve estar se perguntando “alergia? Animal tem alergia? Alergia a pulgas?”
Sim, isso mesmo! Embora a maioria dos proprietários desconheça a dermatite alérgica a pulgas (ou DAP, como é conhecida entre os profissionais da área), é mais comum do que se imagina. Quantos proprietários, vira e mexe, notam uma “feridinha” ou “bolinhas vermelhas” pelo corpo do seu bichinho?


Na realidade, ocorre uma reação alérgica desenvolvendo uma dermatite, em conseqüência da picada de pulga. Vejamos: a “saliva” da pulga contém substâncias que combinam com determinados componentes da pele do animal e formam antígenos. Ocorre então um processo alérgico que varia em intensidade.


É claro que nem todo cão tem esta sensibilidade, a exemplo do ser humano, afinal, não é todo mundo que tem alergia a, por exemplo, camarão, não é mesmo? Então, com o cão acontece o mesmo. Inclusive, todos os cães da casa podem apresentar pulgas, mas apenas um desenvolver a reação.

Agora, nos cães sensíveis, basta uma pulga para desencadear todo o processo, que a cada vez fica mais grave. O cão acometido pode apresentar desde seborréia até lesões mais graves, inclusive com sangramentos, pois o prurido é muito intenso. Por isso, os proprietários não percebem de imediato, apenas quando os sintomas se agravam. O prurido se entende por todo corpo, e, além disso, a DAP possui uma lesão bastante característica, em forma de triangulo, localizada na região dorso lombar. Nesta área, a pelagem diminui, ficando a pele bem vermelha, inchada e exsudada, algumas vezes pode ficar em “carne viva”.


O diagnostico é baseado nos sintomas e obviamente, na presença de pulgas. Por se tratar de uma doença alérgica, além de tratar os sintomas, o tratamento consiste na retirada da causa, ou seja, na eliminação das pulgas presentes no animal (tanto do acometido, quanto dos contactantes) e no ambiente, o que exige empenho e paciência, pois podem surgir dificuldades para retirar pulgas do ambiente, pois uma vez instaladas no local (chão, entre tacos, carpetes, etc.), podem viver por até um ano, embora não consigamos vê-las. Além disso, a pulga fica no animal tempo suficiente para se alimentar do seu sangue, retornando pro chão em seguida.

E um alerta: em casas que tenham gatos, estes também devem ser tratados contra infestação, pois embora a DAP não acometa os felinos tanto como aos caninos, eles são portadores em potencial.


Felizmente, hoje já existem produtos muito eficazes no mercado, tanto para o controle de ectoparasitas no ambiente como controle no animal. Para o animal, uma variedade de produtos como coleiras, comprimidos, produtos tópicos etc. Bastante atenção quanto a isso, pois os produtos para o ambiente são extremamente tóxicos para os animais, portanto consultar o veterinário antes de fazer uso de qualquer substancia destinada a esse fim.

Mas como saber se seu cão é sensível a pulga? Esperar desenvolver a reação alérgica? Claro que não. Nada mais adequado que a profilaxia. Converse com seu amigo veterinário e tire suas dúvidas.


Fonte: Mania de Bicho

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