sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Parasitas podem prejudicar coração, ouvido e intestino dos cães

Se seu cachorro anda se esfregando nos móveis e se coçando a todo momento, pode ser necessário mais que um bom banho para resolver o problema.
Esses são os sintomas que parasitas como pulgas, piolhos e carrapatos e a sarna provocam quando se instalam na pele dos animais. Em todos os casos, o problema deve ser tratado por um veterinário, com os medicamentos adequados. Aplicar remédios sem orientação médica pode causar prejuízos à saúde dos animais se a dosagem estiver errada.
A sarna, transmitida pelo contato com animais infectados, é uma das doenças causadas por parasitas mais fáceis de serem identificadas. Ela faz com que o bicho perca pêlos na região infectada e tenha coceira.
Nesse caso, não é recomendado passar pomadas ou outros remédios. "Há cura. Ao sinal de perda de pêlo e coceira, o dono deve levar o bicho ao veterinário. Ele indicará o tratamento adequado, que pode ser injetável e tópico", diz José Alberto Pereira da Silva, diretor do curso de medicina veterinária da Uniban (Universidade Bandeirante). Se não for tratado logo, o problema pode chegar ao ouvido do cão, inflamando e causando dores fortes.

No caso das pulgas, dos carrapatos e dos piolhos, o tratamento indicado pelos veterinários consiste em banhos com remédios. "Depois disso, podem ser aplicadas externamente pequenas dosagens de drogas na nuca do animal. Os parasitas são sugadores de sangue e morrem ao picar a região", afirma Silva.

Ambiente

O ambiente onde os cães vivem também deve receber uma boa limpeza para que não haja nova contaminação com os ovos deixados por esses parasitas. Há produtos desenvolvidos para ambientes.
Na hora de aplicá-los, é importante isolar a área para que os bichos não se prejudiquem com a ingestão dos venenos. "Deve haver prescrição feita por um médico veterinário e orientação para a utilização, já que se trata de substâncias tóxicas. Se usadas de maneira inadequada, elas podem causar alergias e intoxicação nos animais e até nos proprietários", alerta Karine Raile Rocha, veterinária da rede de pet shops Cobasi.


E os parasitas não vêm só de fora. As verminoses, que se alojam no intestino e até no coração dos animais, também merecem atenção. A contaminação se dá principalmente pelo contato com fezes de cães ou humanos infectados, mas também pode acontecer por meio de alimentos que não foram higienizados corretamente.
O tratamento pode ser medicamentoso ou até cirúrgico. "Há lombrigas que atingem 30 cm de comprimento e só podem ser retiradas com cirurgia", diz Silva.

Parasitas internos

Vermes e lombrigas
O que é?
* Os vermes se alojam no organismo dos bichinhos, principalmente no intestino. A contaminação se dá por alimentos ou por fezes de outros animais, e, em casos mais graves, o parasita chega a ter 30 cm. A verminose é diagnosticada após exame de fezes.

Tratamento
* O tratamento é medicamentoso. Em certos casos, é necessária intervenção cirúrgica .

Verme do coração
O que é?
* Encontrado em carnes de peixes que ficam jogadas na praia, o parasita se aloja no ventrículo do coração dos cães e causa doenças cardíacas depois de algum tempo.

Tratamento
* É feito com remédios. Pode haver necessidade de cirurgia .

Parasitas externos

Sarna
O que é?
* Há dois tipos: a transmitida aos animais e a que atinge também os humanos. O parasita causa muita coceira e faz com que o bicho perca os pêlos na região infectada. Também pode atingir o ouvido do animal.

Tratamento
* É feito por meio de drogas injetáveis e remédios para a pele para amenizar as coceiras e melhorar o aspecto .

Pulgas, carrapatos e piolhos
O que é?
* São sugadores de sangue e causam grande incômodo e coceiras nos animais .

Tratamento
* Os bichos podem ser tratados com banhos medicamentosos para reduzir a quantidade de parasitas. Alguns animais podem receber doses pequenas de drogas no pêlo da nuca para que os parasitas ingiram o veneno e morram.

Como evitar
- Faça exames periódicos;
- Lave e cozinhe bem os alimentos que serão ingeridos pelo animal;
- Retire as fezes e mantenha os quintais e jardins devidamente higienizados;
- Não leve os cães para a praia. Se for inevitável, retire as fezes e a parte de areia que entrou em contato com ela, para que não haja contaminação de outros animais;
- Evite contato com animais infectados.


Fonte: Folha Online

Nenhum comentário: