terça-feira, 18 de agosto de 2009

Uso de animais em programas de televisão é motivo de polêmica para o público

O abate de uma galinha em rede nacional. Animais silvestres como objetos de jogo. Pessoas assustadas cercadas de cobras e aranhas. As situações retratadas em reality shows de sucesso como “No Limite” e “Jogo Duro” têm sido motivo de polêmica para o público.
O questionamento compreende aspectos de interesse público: a ausência de cunho educativo, científico ou informativo nos programas; o uso gratuito de animais silvestres para fins de entretenimento; os rótulos negativos atribuídos a algumas espécies e a exposição desnecessária dos animais a certas situações.
A WSPA acredita que os animais têm o direito de viver livres de sofrimento evitável e opõe-se ao uso de animais para fins de entretenimento. Quando quer que sejam usados em programas de televisão, os animais não devem ser expostos a nenhuma forma de sofrimento, nem ser retratados de maneira que avilte sua espécie.
A WSPA também se opõe à distribuição de animais como prêmios, e sempre que o bem-estar de um animal sob supervisão humana estiver em questão. O animal deve, por esse motivo, ser beneficiado pela dúvida. Além disso, os diferentes propósitos para os quais os animais são usados devem ser regularmente reavaliados.
Posição do IBAMA

Adilson Gil, superintendente do IBAMA/RJ, em nota de esclarecimento à WSPA, informa que embora não haja uma norma interna no IBAMA que disponha especificamente sobre a proibição do uso de animais silvestres nos reality shows, o órgão está empenhado em produzir uma normatização nacional prevendo essas situações. Os representantes das principais emissoras estão sendo convocados pela instituição para diálogo relacionado à exposição da fauna silvestre e avaliação desse contexto.
Adilson também recomenda ao público as atitudes a tomar:
– Destaco para a orientação, sempre pertinente, que a sociedade diversa a esta exposição se manifeste à emissora e patrocinadores, no sentido que os mesmos sintam o repúdio de parcela da sociedade aos produtos e redes que estimulam ações contrárias aos seus padrões éticos e morais.

Fonte: WSPA

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