O levantamento avaliou mais de 2.100 domicílios em abril deste ano, abrangendo seis regiões do país que, somadas, representam 20% dos domicílios brasileiros. Com base científica, a pesquisa tem por objetivo acompanhar os hábitos e as tendências dos proprietários de pets brasileiros.
O médico veterinário e presidente da Comac, Luiz Luccas, ressalta a importância das informações obtidas pelo Radar Pet 2009:
– O mercado necessitava desse número oficial, pois até então havia apenas uma estimativa sem base concreta na realidade do Brasil. O Radar Pet tem base científica e foi esmiuçado para apresentar características importantes sobre os proprietários de cães e gatos e os seus animais de estimação –, avalia Luccas.
O médico veterinário e presidente da Comac, Luiz Luccas, ressalta a importância das informações obtidas pelo Radar Pet 2009:
– O mercado necessitava desse número oficial, pois até então havia apenas uma estimativa sem base concreta na realidade do Brasil. O Radar Pet tem base científica e foi esmiuçado para apresentar características importantes sobre os proprietários de cães e gatos e os seus animais de estimação –, avalia Luccas.
Perfil dos donos de animais de estimação
Os dados da pesquisa confirmam a preferência dos cachorros como animais de estimação. Eles representam 79% das escolhas, sendo os gatos preferidos por 10% da população. As duas espécies coexistem em 11% dos lares que têm animais de companhia. Os números ajudam a desmitificar algumas ideias pré-concebidas entre poder econômico e guarda de pequenos animais. Na classe A, por exemplo, 52% dos domicílios têm pets. Esse percentual cai para 47% na classe B e 36% na classe C. Ao contrário do que se acreditava, a classe A não prefere os gatos. Essa espécie equivale a 9% da preferência desse grupo. Os cães são prediletos em 85% e as duas espécies convivem em 6% nos lares dessa classe.
Segundo Luiz Luccas, a presença de pets decresce à medida que a renda familiar cai: – Isso é explicado pelo custo dos produtos para esse segmento, especialmente em um país com carga tributária equivalente a 50% do preço final dos produtos. No segmento de animais de companhia os impostos brasileiros estão entre os mais elevados do mundo.
A pesquisa também mostra a relação entre o estado civil do proprietário e a sua preferência na hora de adquirir um animal de estimação. Os cães, apesar de requererem mais cuidados e serem mais dependentes dos donos, são os queridinhos dos solteiros. Os felinos são escolhidos por 20% dos solteiros, em contraste com os 73% que preferem os cães. Quando o assunto é casais sem filhos, a preferência por cachorros é ainda maior: 83% contra 6% optam pelos gatos.
Os animais de estimação preenchem o vazio e dão a alegria para os casais que não têm filhos. Segundo a pesquisa 43%, desse gênero familiar possuem cães e gatos. No entanto, esse número cai consideravelmente nos casos dos casais com filhos de até nove anos. A preocupação com a higiene e a segurança com os filhos pequenos levam apenas 33% dos casais a manter animais de estimação em casa.
O presidente da Comac destaca a importância dos resultados da pesquisa para corrigir ideias erradas, como o caso dos pais que distanciam as crianças dos animais de estimação como forma de protegê-los.
– Essas informações são fundamentais para que possamos investir na desmistificação desse conceito, uma vez que é possível e especialmente, saudável, a convivência entre crianças e animais de estimação. Inúmeras pesquisas indicam claramente o impacto positivo do animal no dia-a-dia e também na saúde e no comportamento das crianças –, ressalta Luccas.
Moradia, raças e nomes mais populares
Moradia, raças e nomes mais populares
De acordo com o Radar Pet, o tipo de moradia também pode exercer grande influência no momento de adquirir um animal de estimação. Os dados mostram que o cão está com 79% dos proprietários que moram em casa e em 78% dos que vivem em apartamento. Já entre os gatos, 8% moram em casas e 18% em apartamentos.
Quando se fala em adoção, a raça dos pets parece não ser determinante na decisão, sendo os “vira-latas” a preferência nacional: Os animais sem raça definida (SRD) estão em 36% das escolhas, seguidos por poodle (24%), daschund (7%), pinscher (7%), entre outros. No caso dos gatos, os animais SRD representam 77% das respostas, seguidos por siamês (26%), persa (4%), angorá turco (3%) e outras raças.
A escolha do nome do fiel companheiro é outro ponto destacado na pesquisa. No caso dos felinos, Mimi (3%) e Mel (2%) são os preferidos, seguidos por Kiko, Nino, Belinha, Chiquinha, Fredy, Garfield e Preto (cada um destes aparece em 1% das respostas). No caso dos cães, os proprietários preferem Mel (3%), Nina (2%), Billy (2%), Bob (2%), Suzi (2%), Princesa (2%) e Rex (1%).
Evolução do mercado pet
No Brasil, o mercado pet tem mostrado nos últimos anos o seu potencial de crescimento. As indústrias de produtos para a saúde animal investem cada vez mais em pesquisas e inovações para oferecer aos donos o melhor para os seus animais.
Segundo valores líquidos da Indústria, o segmento pet brasileiro responde por 12% do faturamento da indústria de produtos para a saúde animal: cerca de R$260 milhões. Diante do amadurecimento e do caminho promissor do segmento de pequenos animais, a pesquisa Radar Pet apresenta um valor significativo.
Para o presidente da Comac, Luiz Luccas, o grande valor da pesquisa reside na avaliação do perfil e comportamento dos lares brasileiros com animais de companhia.
— São dados importantes e inéditos que auxiliam na análise do perfil e das tendências desse mercado, de acordo com as necessidades dos proprietários, servindo de base para uma orientação sólida aos veterinários e demais envolvidos no setor. Pretendemos atualizar esta pesquisa a cada dois anos para observar a evolução do segmento no Brasil, conclui Luccas.
Fonte: WSPA
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