terça-feira, 14 de outubro de 2008

Conheça os animais que ganharam pedaços 'mecânicos'

Uma votação no portal Oddee, especializado em listas de esquisitices, relacionou aquelas que seus internautas consideraram as próteses mais criativas já usadas em animais com deficiências físicas.
A primeira da lista é Tonka, a tartaruga de rodinhas. Tonka teve a pata dianteira esquerda arrancada por um cachorro. Funcionários da Sociedade Humanitária Peninsula, organização de proteção aos animais sediada em San Mateo (Califórnia), amarraram embaixo de seu casco um chassi de três eixos e seis rodas.

A peça foi tirada de um carrinho de brinquedo. Tonka virou notícia e, assim que sua foto com a prótese improvisada foi publicada nos jornais, ela foi adotada.

A lista apresenta na seqüência Motala, a elefanta de salto alto. Motala pisou em uma mina (bomba enterrada) na fronteira entre a Tailândia e Mianmar em 1999. Uma
explosão atingiu sua pata esquerda dianteira. Os veterinários conseguiram salvar a pata, mas ela ficou mais curta que as outras.
No hospital Amigos dos Elefantes Asiáticos, em 2005, ela começou a usar a prótese com enchimento de serragem que ostenta orgulhosa até hoje.

A pônei Molly foi abandonada por seus proprietários quando o furacão Katrina castigou a Louisiana, em 2005.
Ela passou semanas vagando sem destino até ser resgatada e levada a um abrigo de animais. Lá, foi atacada por um pitbull e quase morreu. Sua perna direita ficou terrivelmente ferida e infeccionou.
Os veterinários achavam que a hora da pequena égua tinha chegado. Foi então que o cirurgião Rustin Moore percebeu que ela não sentia dores e ainda era amistosa com quem se aproximava. Moore concordou em amputar a perna abaixo do joelho. Uma “canela” artificial temporária foi adaptada. Molly saiu da clínica por conta própria, sem ajuda. Hoje ela é considerada um exemplo de superação para éguas e cavalos ao redor do mundo.

Outro destaque é Fuji, o golfinho que perdeu o rabo. Durante décadas, ele encantou as crianças que visitavam um aquário de Okinawa, no Japão. Até que uma doença misteriosa começou a corroer suas nadadeiras.
Para salvar sua vida, quase toda a cauda teve que ser amputada. Mas a cauda de um golfinho é o seu motor. Sem ela, eles não podem nadar, pular ou mergulhar.

Por isso, engenheiros da fábrica de pneus Bridgestone (famosa por equipar carros de Fórmula 1) se dedicaram a projetar um rabo de borracha para Fuji.
Os primeiros modelos não funcionaram muito bem. Fuji se acertou com o terceiro modelo, feito de borracha com recheio de espuma. E voltou a nadar quase tão bem quanto um golfinho normal.

Quando o bico de uma ave é danificado, ela pode perder a capacidade de comer, beber e caçar. O resultado: a morte. A cegonha Uzonka teve parte do bico destroçado por humanos. Mas também teve muita sorte.

Depois de cinco operações preparatórias, Uzonka recebeu um bico artificial e hoje vive feliz em um hospital de Uzon, na Romênia. Em junho de 2008, a águia Beauty recebeu um bico artificial de plástico em Idaho (Estados Unidos). O bico original da bela ave foi destroçado por um tiro, há 3 anos.

Ela foi encontrada em um bosque no Alasca. O visual ficou muito bom, mas os veterinários voluntários que cuidaram de Beauty prometeram dar a ela, ainda este ano, um bico feito de material mais resistente, possivelmente titânio.

Antes que alguém diga que todo o empenho das pessoas que ajudaram esses animais não passou de perda de tempo e dinheiro, aqui vai a opinião de um especialista.
Em entrevista à revista “Veja” em junho, o francês Denis Marcellin-Little, professor de medicina veterinária na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, afirmou: "O progresso na área de próteses veterinárias é hoje de extrema utilidade para o aperfeiçoamento dos modelos usados por pessoas".

Fonte: G1

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