Diante das ameaças cada vez mais sombrias de devastação do santuário verde da Amazônia, tornam-se escassas as possibilidades de sobrevivência das maravilhosas araras. A biologia dessas aves ainda não foi convenientemente estudada, pelo menos uma espécie está à beira da extinção (a ararinha-azul-cinzenta) e a magnífica arara-azul, que não é gregária, vive aos casais, nunca foi numerosa. Se houver real interesse na preservação desse inestimável patrimônio ornitológico, é preciso agir depressa.
Do regime alimentar das araras constam os frutos de diversas palmáceas, além dos produzidos por muitas árvores amazônicas (japacanim, jataí, muirajussara e outras, chamadas vulgarmente comida de arara'). É nas palmáceas, aliás, que preferem fazer seus ninhos, particularmente nos estipes velhos dos buritis, que escavam para esse fim, conforme pôde observar o botânico Hoehne.
Nossos indígenas sempre deram grande apreço às longas penas caudais das araras, confeccionando com elas seus ornamentos.
Ainda hoje tal hábito é mantido, o que não é de se admirar; pois o colorido intenso dessas aves deslumbra a todos que podem admirar-Ihes a maravilha da plumagem. Essas autênticas jóias aladas, típicas representantes da avifauna tropical, não podem sucumbir ante a voragem irresponsável do desequilíbrio ecológico. Devem sobreviver através dos tempos, como um legado da Natureza aos nossos descendentes. Isto só depende de nós.
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