quinta-feira, 3 de julho de 2008

Os Bugios

Muitos dizem que quando os bugios começam a gritar, é certo que haverá mudança do tempo em 3 ou 4 dias. E posso dizer que, geralmente, eles estão certos!
Caso você presenciar algum tipo de acidente com esse animal ou perceber que está perdido de seu bando ou adoentado, acione o CEPESBI, pelo tel : 47 3333-3878.
Seguem algumas informações sobre esse animal tão presente em nossa cidade e matas.

O bugio (também conhecido por guariba, barbado ou macaco-uivador) está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros.

Ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba.
O Alouatta guariba é a espécie de bugio que habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia (subespécie Alouatta guariba guariba) até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones (Subespécie Alouatta guariba clamitans).

As duas subespécies constam na lista do Ibama como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.
O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.

Algumas características:
- Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias.
- Filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida.
- Maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos.
- Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.
- Pouco ativo, se locomove vagarosamente com a auxílio de sua cauda preênsil, que pode atingir 80 cm.
- Pode atingir até 9 kg de peso.

Quando amanhece em algum lugar de uma floresta tropical da América do Sul ouvem-se rugidos crescentes. Primeiro um, em seguida outro e depois outro, cada qual mais forte e penetrante. São os bandos de bugios comunicando a sua localização uns para os outros, como se cada indivíduo estivesse dizendo: "Estou no pedaço."
O grito é a sua característica mais importante (um ronco forte).


É interrompido e recomeçado várias vezes durante minutos e até horas. Costuma ser emitido também quando são observados outros grupos se aproximando ou com a invasão do território por outro indivíduo.
Quem ouve o ronco assustador do bugio nem imagina que por trás daquele estrondo e da barba espessa, esconde-se um macaco tímido, que vive em pequenos grupos, de três a doze indivíduos, de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto.

Quanto ao seu tempo de vida, pouco se sabe, pois trata-se de um animal que não se adapta bem ao cativeiro.
A amplificação da potência desses sons é obtida graças ao hióide, pequeno osso situado entre a laringe e a base da língua. Na presença de um predador, ou de outros grupos de bugios o hióide funciona como uma caixa de ressonância.

Ameaças:
Assim como para a grande maioria das espécies nativas da Mata Atlântica, as principais ameaças aos bugios ruivos são a perda de habitat, o tráfico e a caça.
No Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial - CEPESBI, os principais motivos de ocorrência são: animais eletrocutados pela necessidade de atravessarem de um fragmento a outro utilizando a rede elétrica; ataque por cães quando necessitam descer ao chão para atravessar áreas desmatadas; e ainda atropelamento quando se vêem obrigados a atravessar uma rua ou rodovia para atingirem outro fragmento.


Fontes: www.furb.br/; pt.wikipedia.org/wiki/Bugio

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