quarta-feira, 15 de abril de 2009

Golfinhos impedem ataque pirata

Os ataques de piratas na costa da Somália estão colocando em risco até a fauna marinha. Na última segunda-feira, um grupo com milhares de golfinhos ficou na linha de tiro entre os piratas e a Marinha chinesa, que escoltava navios comerciais pelo Golfo de Áden.

Segundo a agência oficial de notícias da China, a Xinhua, os golfinhos surgiram instantes depois da aparição de cinco pequenos barcos de pesca usados por piratas. A quantidade de golfinhos era tão grande que os supostos piratas pararam de avançar e retornaram em direção à costa da Somália.
Desde dezembro, a Marinha da China tem escoltado os navios do país, depois que, entre janeiro e novembro de 2008, sete navios chineses, ou com carga e tripulação do país, foram sequestrados.
Confira nas fotos o surgimento dos golfinhos e a reação dos supostos piratas:
Fonte: Época

terça-feira, 7 de abril de 2009

Nós sabíamos!!

Filme de ficção produzido pelo Greenpeace para alertar a população sobre o que pode acontecer com a Terra caso nada seja feito para combater o aquecimento global.
Confira!!!!


Proteção dos Oceanos - Entre nessa onda

Com o objetivo de conhecer melhor a atual situação dos oceanos no Brasil, o Greenpeace selecionou e entrevistou 40 especialistas no assunto, entre membros do governo, representantes de ONGs e pesquisadores acadêmicos ligados ao tema em todo o país. Todos concordam num ponto: os desafios são muitos e urgentes.
Com base nas informações levantadas, o Greenpeace Brasil elaborou o relatório À Deriva - Um Panorama dos Mares Brasileiros, dividido em quatro temas prioritários: Áreas Marinhas Protegidas, Estoques Pesqueiros, Clima e Política Nacional.

Confira abaixo detalhes de cada capítulo.

Não se fala de outra coisa: o aquecimento global está aí e tem causado inúmeros problemas no planeta. Mas o que não se comenta é o papel fundamental dos oceanos nessa história toda. São eles o grande amortecedor climático do planeta e vêm acomodando a variação da temperatura desde os tempos da Revolução Industrial (século 18). Mas para tudo há um limite e este chegou também para os oceanos.

A imensidão do mar sempre nos deu a sensação de que temos uma fonte inesgotável de comida logo ali, no litoral. Não é bem assim. Apenas 10% dos oceanos são produtivos em termos de pesca, os 90% restantes são quase desérticos. Mas ainda assim deles retiramos boa parte de nosso sustento alimentar. O problema é que tiramos e tiramos recursos do mar, sem dar tempo para ele se recompor. E de onde tudo se colhe e nada se planta, tudo pode acabar.


O mar quando quebra na praia é bonito, mas também poluído e degradado em termos de biodiversidade e recursos pesqueiros. Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície do planeta e são fundamentais para o seu equilíbrio climático, estão agonizando em praia pública. E apesar de todos os sinais do iminente colapso, pouco ou nada se faz para evitar essa catástrofe.


O Brasil tem uma Secretaria de Pesca (Seap), um Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Marinha, mas... quem cuida do mar, afinal? Ninguém sabe, nem os integrantes dos órgãos citados. O descaso brasileiro em relação ao mar é por falta de uma organização na gestão, ausência de governança e falta de prioridade. São vários setores do governo cuidando da mesma questão e deixando várias outras à deriva.

Leia mais em: www.greenpeace.org/brasil

Programa Nacional de Abate Humanitário

No dia 2 de abril de 2009 teve lugar a cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Abate Humanitário – STEPS, em Brasília. É o marco inicial que resulta do Termo de Cooperação, firmado em janeiro de 2008 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela WSPA, e visa implementar melhorias para o bem-estar dos animais de produção no Brasil.
O STEPS, uma iniciativa da WSPA, é uma reciclagem que tem por objetivo permitir um melhor entendimento da questão do bem-estar dos animais e a implementação dos dispositivos da legislação brasileira que incorporam as boas práticas, incluindo padrões internacionais, as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e da União Européia.

– O acordo de cooperação do MAPA com a WSPA é uma oportunidade para os fiscais agropecuários do MAPA se atualizarem com informações referentes ao bem-estar dos animais de produção, atendendo aos requisitos de bem-estar estabelecidos pelos países importadores da carne brasileira. Temos certeza de que a utilização das boas práticas irá melhorar a rotina de manejo dos animais e facilitar o trabalho da fiscalização, além de ir ao encontro das novas diretrizes comerciais de bem-estar animal –, antecipa Nelmon Oliveira da Costa.


O foco desse treinamento será a forma humanitária de se fazer transporte de animais de produção, seu desembarque nos abatedouros, manejo, descanso nas baias ou currais e o abate humanitário em si.
– Estamos num momento muito favorável no Brasil para iniciar a implantação de programas que priorizem o bem-estar dos animais de produção. E é a primeira vez que temos a união de governos, associações que representam o setor de animais de produção e uma ONG de proteção animal, objetivando a construção de um programa brasileiro de treinamento adaptado à nossa realidade.
Estimamos que em 2009 iremos abranger todo o estado de Santa Catarina, onde estaremos com a nossa equipe composta por médicos veterinários e zootecnistas, capacitando fiscais e profissionais dos mais de 170 frigoríficos que irão participar voluntariamente do programa. Temos certeza de que o programa STEPS irá beneficiar não só as condições dos animais no abate, como também toda a cadeia de produção, incluindo fazendas, agroindústrias, redes de mercados e governos. Padrões mais elevados de bem-estar no manejo dos animais também representam menos perdas e mais abertura de mercados –, avalia Charli Ludtke.

Apesar de estar sendo implementado no Brasil, o Programa Nacional de Abate Humanitário - STEPS tem alcance além das fronteiras brasileiras. Ao elevar os níveis de bem-estar dos animais de produção, levando em conta os padrões europeus, o Brasil que é um dos maiores produtores de animais do mundo, certamente influenciará de forma positiva outras nações da América Latina que buscam aprimorar o manejo e o tratamento dos animais.
Fonte: WSPA Brasil

Evite parasitoses em seu animal de estimação!

A giardíase é uma das moléstias intestinais mais freqüentes nos animais domésticos, tendo mostrado altos índices de contaminação em várias regiões do país atingindo cerca de 50% de filhotes de cães em quase todos os canis. Em gatos, a incidência é menor. Apenas 11% ocasionalmente se infectam.
A doença costuma se manifestar com maior gravidade em filhotes, nos animais com baixa de imunidade, e naqueles que apresentam outros quadros infecciosos que comprometem o bem-estar do animal. Nos cães e gatos esta enfermidade provoca uma enterite, ou seja, diarréia com odor fétido, com presença de fezes moles, às vezes com muco e estrias de sangue.

Desidratação, cansaço e falta de apetite também são outros sintomas que devem ser levados em consideração. Os surtos ocorrem principalmente no verão. Segundo os veterinários Fernanda Malatesta e José Pedro Nogueira Estrella, responsáveis pela Clinica Veterinária Pro – Animal, essa doença é causada pelo protozoário Giardia. “O agente causador é o parasita protozoário Giardia lamblia que vive no trato digestivo dos animais. Por ser uma zoonose, pode ser transmissível para os seres humanos, principalmente para as crianças que tenham mantido contato com animais doentes”, alegam.

Feito o diagnóstico, é possível tratar a doença com medicamentos específicos. Outro cuidado que deve ser tomado é em relação à qualidade da água consumida. “Os animais se infectam quando ingerem cistos de animais infectados, o que ocorre através da água. Portanto, é necessária higienização ambiental, vacinação e exame de fezes periodicamente”, alerta Fernanda.

A veterinária considera que é importante eliminar os sinais clínicos associados com a infecção. “Nos animais, sempre ocorre novamente a manifestação, se os cistos infectantes não são retirados do ambiente. Isto implica em uma limpeza e desinfecção profundas sempre que possível, além de assegurar que a água e o alimento não se contaminem com as fezes”, explica.

De acordo com José Pedro, a moléstia é diagnosticada pelo encontro do agente nas fezes frescas. “Pelo menos três exames devem ser realizados durante o curso de sete a dez dias antes de descartar o diagnóstico de vez que o cisto da Giardia lamblia (forma infectante do parasita) se instale no meio ambiente dificultando a eliminação, pois esta forma pode resistir por longos períodos, mesmo em climas frios e úmidos. Mesmo em cães e gatos saudáveis, que não representa sintomas, podem ser feitos exames de fezes como controle”, recomenda.

Os veterinários ressaltam que existem diversos medicamentos no mercado para o tratamento da Giardia, entretanto, nenhum é eficaz em 100% dos casos, o que significa que a falha na resposta ao tratamento com a droga não exclui o diagnóstico. “Se os animais estiverem debilitados ou desidratados, medidas de suporte devem ser tomadas”, advertem.

Os agentes quimioterápicos incluem os nitroimidazóis (metronidazol, tinidazol), furadolizona, benzimidazóis (febendazol, albendazol), além da vacina. “Está provado que a vacina estimula o animal a resistir ao parasito, sendo uma solução efetiva em longo prazo para o controle desta enfermidade parasitária, já que a imunidade natural contra Giardia é de curta duração”, esclarece Estrella.
Mesmo que os tratamentos se mostrem eficazes, a reinfecção em animais é muito freqüente, devido à dificuldade de se eliminar os cistos infectantes do ambiente. “Um animal vacinado, além de protegido contra giardíase, não representará mais uma fonte de infecção a outros animais e até mesmo a seres humanos contactantes”, finalizam.

Fonte: UOL Bichos

Menor cão do mundo?

Ele é um terço do tamanho de um porquinho da índia --tem cerca de 10 centímetros de comprimento e pesa 85 gramas--, mas o cão chamado Tom Thumb pode ser um bom negócio quando se trata de recordes mundiais, segundo reportagem do jornal inglês "Daily Mail".
De acordo com o periódico, Tom Thumb é um sério concorrente para o título de menor cão do mundo. Ele nasceu há três semanas em uma ninhada da cadela chihuahua chamada Spice. Os proprietários Susan e Archie Thomson, que moram em West Dunbartonshire (Reino Unido), disseram que ficaram encantados quando Tom Thumb nasceu. Ele é três vezes menor que os demais e cabe dentro de uma xícara.
Experiente na criação de cães chihuahua e de outras raças, Thomson acredita que Tom Thumb provavelmente não vai crescer mais do que isso. "Pelo tamanho de suas patas e cabeça, eu ficaria surpreso se ele crescer mais 2,5 ou 5 centímetros", afirmou ele.
Segundo o jornal "Daily Mail", o menor cão do mundo em comprimento é Heaven Sent Brandy, uma cadela chihuahua, de quatro anos, que vive com sua dona na Flórida, nos EUA, é mede 15,2 centímetros de comprimento. No entanto, o Guinness considera como menor cão do mundo (tamanho e peso) outra chihuahua chamada Boo Boo, Em 12 de maio de 2007, ela vivia com sua dona, Lana Elswick, em Kentucky, tinha 10,16 centímetros de altura e pesava 675 gramas.

Fonte: G1



Eles estão ameaçados!!!

O site Time.com divulgou uma lista com dez animais que estão ameaçados de extinção. Três deles estão nas fotos abaixo: o urso polar, ameaçado pela caça e pelo aquecimento global. Restam apenas 25 mil exemplares da espécie; o tigre da ilha da Sumatra, na Indonésia, que habita a região há milhares de anos e atualmente se restringe a uma população de menos de 600 tigres; por fim, o Gorila de Cross River, originário da Nigéria e de Camarões, cuja população não chega a 300.




Fonte: Época

terça-feira, 17 de março de 2009

Furb entrega 46 cachorros para adoção


Eles têm de cinco a 12 quilos, são brincalhões, amigos, vacinados e everminados. E estão à procura de um lar. O Biotério Central da Furb está doando 46 cachorros, sem raça definida, para a comunidade. O canil onde os animais ficavam foi desativado após a universidade abolir o uso dos cães em aulas práticas de Técnica Cirúrgica, no Curso de Medicina. Agora, a Furb compra órgãos de animais para treinar os acadêmicos.

Qualquer pessoa pode adotar um cachorro, desde que se comprometa a cuidar bem do animal. Os cães são acompanhados diariamente por um médico veterinário e terão um atestado de sanidade assinado pelo profissional. Além disso, serão esterilizados.

– A pessoa vai ter de assinar um termo de entrega, onde ela se compromete a cuidar do cão e não abandoná-lo. Também não há a possibilidade de o animal ser entregue novamente a nós – explica a professora e coordenadora do Biotério Central, Simone Largura.

As visitas para a escolha dos animais podem ser feitas às terças, quartas e sextas-feiras. Os interessados devem levar documento de identidade e cópia de comprovante de residência.

O fechamento do canil, proposto pelo Biotério Central, tem parecer jurídico da Procuradoria da universidade e foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais. A esterilização dos animais será feita pelo Curso de Medicina Veterinária, em parceria com a Clínica Veterinária Arca de Noé.


Adote um cão - As visitas para a escolha dos animais podem ser feitas às terças e quartas-feiras, das 8h às 11h, e às sextas-feiras, das 14h às 16h, no Campus 5 da Furb (Rua Samuel Morse, Fortaleza, ao lado do Hospital Universitário). Para agendar visitas em outros horários, ligue 3338-3462.
Fonte: JSC

segunda-feira, 16 de março de 2009

Hora do planeta: Sábado, 28 de março, às 20h30

O WWF-Brasil participa pela primeira vez da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.
Participe! É simples. Apague as luzes da sua sala.


Frase do dia


"A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana."

(Charles Darwin)

Campanha


terça-feira, 3 de março de 2009

Em protesto em alto-mar, Greenpeace alerta!

“Lula: ABRa os OLHOS”!!!!

Ativistas do Greenpeace utilizaram hoje uma placa flutuante para sinalizar, no meio do oceano, a ameaça climática representada pela exploração das reservas de óleo e gás localizadas no entorno do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia. A exploração de petróleo é uma ameaça direta à biodiversidade marinha da região e uma das principais causas do aquecimento global.
Com a mensagem “Lula: ABRa os OLHOS. Salve o Clima”, o Greenpeace exigiu do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação, via decreto, de uma Zona de Amortecimento (ZA) com 95 mil quilômetros quadrados para proteger o Parque Marinho e ajudar a manter a capacidade dos oceanos de atuarem como reguladores climáticos. A região tem a maior biodiversidade do Atlântico Sul, com um mosaico de ambientes marinhos e costeiros margeados por remanescentes de Mata Atlântica, incluindo recifes de coral, fundos de algas, manguezais, praias e restingas.
Lá podem ser encontradas várias espécies endêmicas (que só existem na região), incluindo o coral-cérebro, crustáceos e moluscos, além de tartarugas e mamíferos marinhos ameaçados, como as baleias jubarte.A Zona de Amortecimento, quando criada, impedirá atividades econômicas como a instalação de plataformas de petróleo e fazendas de camarão na região. Em 2003, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) chegou a ofertar 243 blocos de exploração de óleo e gás no entorno do Parque de Abrolhos em rodada de licitação.
Na época, a sociedade civil se mobilizou, dando início à Coalizão Abrolhos*. A ANP retrocedeu e o Ibama editou a portaria 39 criando a ZA, mas a medida foi suspensa pela justiça em 2007. “Em plena crise climática, Abrolhos, região mais rica em biodiversidade marinha e recifes de corais do Atlântico Sul, continua vulnerável à exploração de petróleo”, disse Leandra Gonçalves, da campanha de oceanos do Greenpeace. “Ou seja, a região está duplamente ameaçada – pelos vetores e pelos impactos do aquecimento global”.
Entre os impactos do aquecimento global que afetam os oceanos estão a elevação do nível do mar, o branqueamento dos corais, a acidificação das águas e a perda da biodiversidade. Na região de Abrolhos, especificamente, a exploração de petróleo e a carcinicultura ameaçam uma grande área de algas calcáreas, que funcionam como depósitos de carbono. São organismos como estes que tornam os oceanos os maiores sumidouros de carbono do planeta. “Os mares retiram cerca de 90% do CO2 lançado na atmosfera. No entanto, as águas cada vez mais ácidas por conta do aumento da temperatura e a degradação ambiental fazem com que os oceanos percam gradativamente sua função de reguladores climáticos do planeta”, afirma Leandra.
A ameaça da exploração de petróleo e gás em Abrolhos está ligada ao aumento da participação de combustíveis fósseis na matriz energética brasileira. Em dezembro de 2008, o governo brasileiro lançou o Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE), atualmente em consulta pública. Na contramão dos esforços globais de combate às mudanças climáticas, o plano prevê a instalação de 68 novas usinas termelétricas fósseis no país, das quais 41 utilizarão óleo combustível, um derivado do petróleo.
A conseqüência será um crescimento de 172% das emissões de gases de efeito estufa do setor elétrico. As emissões do setor, que hoje somam 14,4 milhões de toneladas, saltarão para 39,3 milhões de toneladas em 2017.


Merial e WSPA Brasil juntas contra a cinomose


Quando se fala sobre a saúde dos cães, muita gente sabe o que quer dizer raiva, doença do carrapato e sarna. No entanto, quando se fala em leishmaniose, parvovirose e cinomose nem todos conhecem essas enfermidades, mesmo que elas afetem grande número de animais.
Pensando nisso, a Merial está lançando a campanha “
Cinomose Aqui Não”, por meio da qual irá doar à WSPA Brasil 5% do total das doses vendidas nos meses de abril e maio da vacina Recombitek contra a cinomose.
– A Merial tinha a vontade de contribuir com a saúde animal através da doação de vacinas e tomou a iniciativa de fazer uma pesquisa para identificar ONGs renomadas capazes de fazer bom uso desse material. Foi assim que conhecemos a WSPA, que possui história, atuação nacional e trabalhos voltados para o bem-estar dos animais de companhia – conta Marta Helena Cintra, Analista de Marketing da área de animais de companhia na Merial.

A campanha
A campanha será realizada em abril e maio em todo o Brasil. O objetivo é alertar médicos veterinários e donos de cães sobre a importância da vacinação anual e a necessidade de se eliminar essa doença grave (praticamente fatal) que ainda mata milhares de cães no país.
Para se ter uma idéia, apenas 7 milhões de cães são vacinados anualmente contra a cinomose, dentro de uma população estimada em 30 milhões de cães.
Sendo assim, a Merial se propôs a doar 5% do total das doses vendidas durante esses meses de suas vacinas contra cinomose, (Recombitek C4/CV para filhotes e Recombitek C6/CV para cães adultos). As vacinas serão encaminhadas para ONGs afiliadas à WSPA Brasil que trabalham com cães e contam com médico veterinário.

O veterinário de cada uma dessas ONGs selecionadas irá, então, aplicar as vacinas e fornecer ao cliente um cartão de identificação devidamente preenchido, com carimbo, número do CRMV do veterinário responsável, assinatura e etiqueta da vacina aplicada. Ele também informará sobre a necessidade da vacinação anual.
Além da doação, dezenas de milhares de panfletos e cartazes de conscientização serão distribuídos por clínicas espalhadas por todo o Brasil, anúncios serão publicados em revistas e pessoas interessadas no bem-estar dos animais também serão informadas sobre a campanha via newsletter.

Cinomose
A cinomose é uma doença altamente contagiosa provocada pelo Vírus da Cinomose Canina (VCC) e pode afetar todo tipo de cão. Junto com ela, geralmente aparecem infecções causadas por bactérias. No entanto, ela não é uma zoonose, isto é, não passa para seres humanos, apesar de que o ser humano pode carregar o vírus até que ele chegue a um animal sadio.
A transmissão ocorre através do contato com secreções do nariz e da boca do animal, como por um espirro.
– Fora do hospedeiro, o vírus morre facilmente e, por isso, é fácil fazer o controle ambiental da disseminação da doença. A melhor opção para combater a doença é a prevenção através da vacina. O periodo de permanência do vírus no ambiente gira em torno de 30 a 40 dias, caso seja feita uma desinfecção adequada, de preferência com o uso de água sanitária. Mas normalmente pedimos uma margem de segurança de 3 meses, no mínimo – explica Mônica Almeida, Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil.

Faça sua parte
A informação está disponível e as vacinas também. Cabe aos veterinários do Brasil informar a seus clientes sobre a necessidade da vacinação anual contra a cinomose e a você, que ama seu cão, levá-lo para um dos locais de vacinação para dar a ele a dose recomendada e protegê-lo contra esse mal.
Lembre-se: cãezinhos podem ser vacinados a partir de 6 semanas de vida, sendo que animais doentes, subnutridos ou parasitados devem ser tratados antes de receber a vacina.

Luta contra a Farra do Boi registra avanços

A luta pelo fim da prática da Farra do Boi registrou na última semana mais um avanço significativo. O Juiz Luiz Felipe Siegert Schuch titular da Vara de Rogatórios, Precatórios e Concordata da Comarca da Capital, julgou improcedentes os embargos feito pelo Estado às entidades que propuseram ação civil pública contra a prática da Farra do Boi em Santa Catarina.
De acordo com a setença, o Estado terá que pagar multa que poderá ser superior a 1 milhão de reais por descumprir, no período de 1999 a 2006, determinação judicial que proibe a realização da Farra do Boi em território catarinense.

A sentença chega num momento oportuno, na medida em que ocorre na ante-sala da Quaresma, quando com ou sem decisão do STF, a farra do boi é ainda praticada em algumas comunidades do litoral catarinense.

Vinte anos de luta
Desde 1997, depois de um longo processo legal iniciado em 1989 e levado a instância superior, a Farra do Boi foi proibida por acórdão do Supremo Tribunal Federal – STF, como sendo intrinsecamente cruel e portanto atentatória à Constituição Federal Brasileira, ficando o Estado de Santa Catarina obrigado a impedir a realização de tal prática em seu território.
Apesar da decisão do STF, a Farra do Boi continuou a acontecer e foi seguida, ao longo dos anos, por intensivas campanhas contra essa prática por parte da WSPA Brasil (Sociedade Mundial de Proteção Animal) em parceria inicialmente com a ACAPRA (Associação Catarinense de Proteção aos Animais).

Após sua criação, o Instituto Ambiental Ecosul, em Florianópolis se tornou o principal parceiro da WSPA, sendo seu coordenador, Halem Guerra Nery, o principal artífice de nossas campanhas que incluíram desde reuniões com autoridades de Santa Catarina, como Governadores e Secretários de Segurança, Polícia Civil e Militar, Promotoria Pública e outros, até a realização de programas educativos, concursos em escolas, protestos públicos, coleta de assinaturas e mensagens do exterior, divulgação em outdoors e na mídia.
A própria Secretaria de Segurança do estado chegou a afirmar publicamente para a imprensa que a farra estava permitida em mangueirões e sem violência. De acordo com declarações feitas por autoridades policiais ao Diário Catarinense em 2004, a relutância pela proibição do evento vinha dos próprios políticos, já que muitos doavam o boi em troca de voto.

“Temos prefeitos que precisam dos farristas para se eleger.” - Coronel Valmir Cabral-Chefe do Estado Maior e Sub-Comandante da Policia Militar de SC. (Diário Catarinense – 26/03/04)
“O Comandante da Policia Militar da Região de Governador Celso Ramos, Capitão Marcos Aurélio Linhares declara que políticos participam da farra.” (Diário Catarinense- 04/05/04)
“Então, a atitude do governo vai ser, se depender de mim, de que a polícia tome uma decisão de observação para que não ocorram maus-tratos aos animais, sem..., sem violência...” (Luiz Henrique da Silveira-Governador de SC em entrevista à TV Barriga Verde - Março-2006)
Segundo a Gerente de Desenvolvimento da WSPA Brasil, Elizabeth Mac Gregor, a repressão das autoridades catarinenses sempre se mostrou muito fraca.

Ação Judicial

Para exigir o cumprimento da decisão estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal em 1997, o Dr. Carlos Barzan, advogado de Florianópolis simpatizante da causa animal, contratado pela WSPA entrou no ano de 1999 com uma ação judicial no estado de Santa Catarina. A sentença do desembargador Mauricio de Melo, em 2000, reconheceu a necessidade de tal cumprimento e estabeleceu multa de R$ 500,00 por dia de realização de farras.
Em 2006, diante de todas as provas de negligência e até de apoio governamental à prática da farra do boi, mais uma vez o Dr. Carlos Barzan, munido com um longo dossiê apresentado pela WSPA e o Ecosul, entrou com um processo judicial para cobrar o pagamento da multa de R$ 500,00 estabelecida em 1999 pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O contéudo do dossiê foi elaborado a partir de matérias jornalísticas, imagens da farra inclusive com a participação de representantes do executivo e legislativo municipais de comunidades farristas, entrevistas em rádios e TVs e outros documentos relevantes.

Penalidade

Só agora, em 2009, a justiça concedeu parecer favorável ao processo e determinou que o Estado pagasse multa de 950 mil reais, podendo ultrapassar 1 milhão, caso sejam acrescidos os juros. O valor foi calculado levando-se em consideração o período de desobediência. No total foram contabilizados 1.091 dias.
A quantia deverá ser depositada na conta do “Fundo Estadual para Reconstituição de Bens Lesados”. Como membro do conselho gestor do fundo, o Instituto Ambiental Ecosul irá propor que parte da verba seja revertida para a ampliação do projeto educativo "Formação de Valores para o Respeito a Todas as Formas de Vida”. Esse projeto é voltado para o combate à violência e a busca de uma sociedade mais equlibrada, justa e pacífica para todos os seres vivos.
Segundo o Dr. Carlos Barzan essa quantia refere-se apenas ao período até 2006 e que a partir da apresentação de outros indícios, essa pena pode ser aplicada aos anos posteriores.
— A penalidade deve ser aplicada até que essa prática bárbara seja definitivamente erradicada, avalia Barzan.

A Farra do Boi e a sua origem

A Farra do Boi é um dos rituais mais violentos que envolve maus-tratos contra animais. Essa prática teria sido trazida por imigrantes portugueses da Ilha dos Açores para comunidades litorâneas do estado de Santa Catarina.
O evento acontece com mais freqüência durante a Quaresma. Esse período se inicia na Quarta-feira de Cinzas e termina na Sexta-feira Santa. A Farra se inicia quando os “farristas” – homens, mulheres e até crianças – correm atrás do boi com pedaços de pau, faca e outros objetos cortantes. Normalmente, o boi fica dias sem comer e é brutalmente ferido e morto. Na tentativa de fugir dos farristas, muitas vezes os bois correm em direção ao mar e acabam se afogando.
Fonte: WSPA Brasil

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