quarta-feira, 16 de julho de 2008

ONU e Irã desenvolvem projeto conjunto para salvar guepardos



Especialistas em vida selvagem iranianos e ocidentais estão trabalhando juntos para salvar o guepardo asiático da extinção em seu habitat. A parceria ocorre mesmo com o embate nuclear vinculado ao Irã.Grupos de proteção norte-americanos e britânicos estão apoiando uma campanha liderada pelo Departamento de Meio Ambiente do Irã e pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas para prevenir as mortes dos animais.

Estima-se que o Irã tenha os únicos guepardos asiáticos encontrados na natureza - seriam de 60 a 100 indivíduos. Alguns adentram territórios inóspitos com picos acidentados, profundos barrancos e planícies sem água na área de proteção Kuh-e Bafgh, na Província de Yazd, região central do país.

Antigamente, os felinos se espalhavam entre a Península arábica e a Índia, mas seu número no Irã pode ter caído pela metade nas últimas três décadas."Este é um maravilhoso exemplo das necessidades urgentes de proteção aos guepardos transcendendo as diferenças políticas", declarou Luke Hunter, diretor-executivo da Panthera, ONG com base em Nova York."Gosto de qualquer um que trabalhe pela preservação da vida selvagem. Não importa quem seja", disse Ali Akhbar Karimi, 59, do departamento iraniano.

Até a primeira metade do século 20, o Irã foi lar de quatro dos chamados grandes felinos - incluindo leões e tigres -, mas hoje há apenas leopardos e guepardos.


SOBRE OS GUEPARDOS

Esse animal corre muito: pode alcançar a velocidade de 110 quilômetros por hora!
Mas um bom cavalo pode superá-lo. Sua especialidade é o ataque de surpresa. Como se surgisse do nada, ele cai sobre um rebanho que pasta e mesmo animais ágeis como a gazela, o antílope, a zebra, o avestruz e o gnu não podem escapar.

Geralmente prefere caça pequena. É um animal solitário, embora às vezes cace aos pares.
Sua velocidade é uma proteção. Talvez, por isso, não tenha medo do homem, sendo
facilmente domesticado. Os sultões da índia tinham centenas deles e os usavam como cães de caça. Há muito desapareceram da Ásia e hoje são raros na África.

Com um treinamento hábil, o guepardo pode torna-se uma companhia efetuosa, tem a agilidade dos grandes felinos. Seu parentesco com eles mostra-se na pequena cabeça redonda, pelagem e grande cauda malhada. Contudo, pelas longas pernas, garras não retráteis e latido, assemelha-se a um cão. A fêmea produz de dois a cinco filhotes, duas vezes ao ano. Não se reproduz bem em cativeiro.

Fonte: Folha Online

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