Cerca de 7 mil animais silvestres foram apreendidos neste ano em Minas Gerais, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por lei, a criação desses bichos em cativeiro é proibida.
O Centro de Triagem de animais do Ibama em Belo Horizonte abriga aproximadamente 300 animais apreendidos.
Do total, 90% são aves como papagaios, araras e pássaros silvestres, mas há também macacos, cobras, jabutis e animais exóticos, por exemplo, iguanas. “Os animais são submetidos a uma bateria de testes e exames para verificar a situação de saúde, se estão aptos ou com alguma doença”, afirma Junio Augusto Santos, analista ambiental do Ibama.
Os bichos vivem em recintos adequados e recebem alimentação especial. Depois, são devolvidos à natureza ou encaminhados para criadouros registrados. Porém, alguns precisam ficar isolados, pois aguardam decisão judicial.
Insistência para ficar com os animais
Mesmo sabendo que criar animais silvestres é crime ambiental, muitas pessoas insistem em ficar com os bichos depois de terem sido apreendidos e procuram ajuda na Defensoria Pública da União. Em média, o órgão recebe três pedidos por semana. “O Ibama geralmente aplica uma multa de R$ 500 por espécie e as pessoas não têm condições de pagar essa multa. As pessoas procuram a Defensoria Pública para ver se há possibilidade dessa multa ser anulada ou se pode ser transformada em um outro tipo de pena administrativa", diz Estevão Couto, defensor público.
As pessoas também entram na Justiça para ficar com os animais. Para o Ibama, se os animais continuarem a ser criados em casa, será cada vez mais difícil encontrá-los na natureza.
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