segunda-feira, 21 de julho de 2008

Parque tem 18 espécies em extinção

A imensidão verde que cobre os 57 mil hectares do Parque Nacional da Serra do Itajaí e passa por nove municípios enche ainda mais os olhos com as 808 espécies - 336 de plantas e 472 de animais vertebrados - que concentra. Mas parte desta beleza está ameaçada.
O diagnóstico da fauna e da flora do Parque Nacional da Serra do Itajaí - desenvolvido há nove meses pela Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) - aponta que a área abriga 18 espécies que correm risco de extinção, como o puma e a peroba.
No caso dos animais, pesquisadores usaram métodos diretos (de visualização) e indiretos (armadilhas, sensores fotográficos e vestígios, como rastros e tocas) para identificá-los.
O registro de várias espécies de carnívoros refletiu a importância do parque na preservação, já que cerca de 40% das espécies encontradas estão ameaçadas de extinção.
Constatou-se também a presença mais comum de animais como o cachorro-do-mato e mão-pelada (guaxinim).
O levantamento foi feito em oito áreas do parque.- A caça é um sério problema. Com exceção de uma área amostral, todas as outras demonstraram vestígios da prática, como cartuchos e acampamentos. Mas é um cenário que vem mudando com a fiscalização - comenta a responsável técnica pelo levantamento dos mamíferos do parque, a bióloga Cintia Gizele Gruener.
Segundo ela, a anta e a onça pintada foram extintos do parque por conta do crime ambiental.
Das plantas, os pesquisadores identificaram a canela preta, peroba, sassafras e imbuia como espécies que correm risco de ser extintas.
- As áreas que fizemos a pesquisa tiveram intenso processo de intervenção, com pastagem ou corte madeireiro. Mesmo assim, ainda encontramos quatro espécies ameaçadas de extinção - comemora a bióloga Sheila Mafra Ghoddosi, que coordenou o levantamento da flora.
O diagnóstico da fauna e da flora é considerado a primeira pesquisa mais ampla sobre o parque nacional. Desde a década de 80, os pesquisadores têm trabalhado apenas na área do Parque das Nascentes - que passou a fazer parte do Parque Nacional da Serra do Itajaí - , onde se tem registros mais aprofundados e estudos de longo prazo.
Fonte: JSC

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