terça-feira, 2 de junho de 2009

Crianças e os animais de estimação

Os bichos de estimação são um excelente estímulo para as crianças, não há dúvida. Costumam ser fiéis e companheiros, mas podem nos surpreender vez ou outra. O vira-latas Pilú, por exemplo, nunca deu motivos de queixa para a dona Haline Alvarenga, de Foz do Iguaçu (PR).
Quando Haline teve a primeira filha, Milena, hoje com 5 anos, o cãozinho logo se adaptou ao novo membro da família. Certo dia, porém, quando a mãe abriu a porta de trás do carro para desembarcar a menina e o cão, Pilú saltou a toda velocidade para fora do automóvel.
Resultado: um arranhão no rosto da criança e muito, muito choro. Esse tipo de acidente poderia ter sido evitado com uma medida simples, mas que tende a ser esquecida pelos donos dos animais. “Cães e gatos só devem ser transportados em caixas apropriadas (uma espécie de casinha com grade), que variam conforme o tamanho e a espécie do bicho”, diz a veterinária Caroline Poleze.
De acordo com a especialista, se o animal já estiver habituado à família, dificilmente vai atacar. Mas o exemplo acima mostra que o bicho pode reagir de maneira inesperada.
A seguir, ela dá mais dicas para crianças e animais conviverem sem riscos.
- Antes de adquirir um animal, se possível, pesquise sobre a raça. Alguns cães, por exemplo, não gostam de crianças;

- Se o bicho já fazia parte da família antes da criança nascer, “apresente” o bebê logo nos primeiros dias para evitar ciúme. Deixe que ele cheire a criança e, assim, entenda que ela é mais
um membro da casa;

- Ensine seu filho a tratar do bicho com respeito. Mesmo os que gostam de crianças podem atacá-las instintivamente se forem agredidos. Por isso, não deixe que elas batam no animal, arranquem seus pêlos nas brincadeiras ou que o interrompam durante as refeições;

- Mesmo que o seu bicho seja dócil, convém supervisionar as brincadeiras quando as crianças estiverem por perto.

Em caso de acidente...

Se a criança for mordida, deve-se lavar a ferida com água corrente e buscar assistência médica (posto de saúde ou hospital) em seguida. O médico irá avaliar a necessidade ou não de vacinar a criança contra raiva. Em geral, ele leva em conta a origem do bicho (se for cão de rua, por exemplo). A família não é obrigada a se desfazer do animal depois do acidente. Antes de tomar alguma decisão precipitada, convém observá-lo por alguns dias. Se ele estiver dócil, saudável e com as vacinas em dia (principalmente a anti-rábica), não há riscos.

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