segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Peixes têm boa memória e capacidade de aprender, afirma estudo

Parte piada, parte mito, a memória dos peixes tem sido catalogada como a mais efêmera do mundo animal.
Porém um estudo feito por pesquisadores australianos concluiu que os peixes não somente podem se lembrar de seus predadores por pelo menos um ano como também têm uma capacidade de aprendizagem excelente.
"Isso significa que seu comportamento é, ao contrário do que se pensava, altamente flexível", disse à BBC o coordenador do estudo, Kevin Warburton, pesquisador do Instituto de Terra, Água e Sociedade da Universidade Charles Sturt, na Austrália.

Segundo Warburton, que analisou em detalhes o comportamento dos peixes de água doce da Austrália e em particular a perca prateada, peixe comum na região, os peixes podem lembrar de seus predadores mesmo após um único encontro.
A habilidade para lembrar também se aplica a qualquer objeto que represente uma ameaça. Por exemplo, "se um peixe morde um anzol e consegue escapar, guarda essa experiência em sua memória e é muito difícil que volte a morder um anzol numa segunda oportunidade", explica o pesquisador.
"Por causa do desconhecimento sobre o comportamento dessas criaturas, pode-se cometer o erro de achar que quando não há pesca em uma região determinada é porque se esgotaram os recursos ou os peixes foram embora dali, quando na realidade o que pode estar ocorrendo é que os peixes estão ali, mas não caem na armadilha", afirma Warburton.
Os peixes aprendem também a conhecer em profundidade seu ambiente e associam a abundância de alimentos ou os perigos com determinados lugares. Eles utilizam a informação para identificar vias de escape caso apareça uma ameaça e também para traçar suas rotas favoritas.
Outra característica dos peixes, segundo Warburton, é a sofisticação do processo para a tomada de decisões.
Por exemplo, "eles preferem a companhia dos peixes que lhe parecem familiares, já que podem ler seu comportamento mais facilmente". "Eles também escolhem se unir a um cardume porque nadar em grupo lhes traz benefícios em termos de
proteção diante dos predadores e na busca de alimentos", explica o pesquisador.
Para colocar a memória dos peixes à prova, Warburton e sua equipe estudaram os peixes em seu entorno natural. Analisaram sua relação com as características próprias de seu hábitat e depois transferiram alguns exemplares a uma série de tanques de laboratório.

Lá, os especialistas ofereceram a eles diferentes opções, colocando alimentos em diferentes áreas do tanque e os enfrentando com predadores para estudar seus movimentos e suas reações.
Para Warburton, a habilidade dos peixes para lembrar e para aprender é tão complexa que "estudar seu comportamento nos permitirá aprender algo também sobre nossa própria conduta".
Fonte: Globo.com

Os amigos abandonados

"No verão, quase dobra a quantidade de cães brasileiros que vão parar nos abrigos ou nas ruas porque seus donos não os querem mais"

Nathália Butti

Assim como agosto é chamado o mês do cachorro louco, o verão é a estação do cachorro abandonado.
Muita gente viaja, não tem onde deixar o bicho e prefere abrir mão dele. A Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), que abriga 8 000 cães e gatos no Rio de Janeiro, costuma acolher em média quarenta animais abandonados por dia – no verão, o número sobe para sessenta. Calcula-se que haja no planeta 250 milhões de cães domésticos, 32 milhões deles no Brasil – a segunda maior população canina do mundo, atrás apenas da dos Estados Unidos. Além das férias, entre os motivos mais frequentes que levam muitos donos de cachorros a abandoná-los estão a mudança da família para uma casa menor, a perturbação causada pelos latidos e o desconhecimento do trabalho que dá criar um animal.

Lançar mão de entidades como a Suipa é a opção de muita gente que deseja renunciar ao seu bichinho, mas existem outros recursos menos convencionais – para não dizer cruéis. É comum que os cães sejam simplesmente largados nas ruas e estradas. Há quem lance mão de um truque desonesto: levar o cachorro ao pet shop, para tomar banho, e não voltar para recolhê-lo. Cansados de receber calotes desse tipo, há três meses os proprietários do Pet Center Marginal, em São Paulo, passaram a exigir a apresentação de identidade dos clientes. Dessa forma, podem rastreá-los caso desapareçam. "As pessoas traziam o animal aqui para banho ou tosa e nunca mais vinham buscá-lo", conta Valéria Bento, gerente do estabelecimento.

Para o cão, o abandono por parte do dono é uma experiência devastadora, da qual ele dificilmente se recupera. Os cachorros, como seus ancestrais, os lobos, são programados pela evolução para seguir o líder da matilha. No caso dos cães de estimação, esse líder é o dono – sem ele, o animal fica desorientado e perde suas referências. Muitos recusam comida, entram em depressão e chegam a morrer de tristeza. "Quando o cão tem um líder e o perde, vive uma eterna busca para obtê-lo de volta", diz Hannelore Fuchs, veterinária e psicóloga de animais, de São Paulo. A única forma de reverter a carência e a aflição dos cães abandonados é encontrar-lhes um novo dono. Esse é o papel dos autodenominados protetores independentes, pessoas que, sem o apoio de instituições, recolhem cachorros das ruas, dão abrigo, alimento e vacina aos bichinhos e depois correm atrás de um novo lar para eles.

A atriz carioca Betty Gofman é uma das pessoas engajadas nessa causa. Três anos atrás, ela viu uma cadelinha em meio a uma poça de lama na estrada. Sentiu pena, mas passou reto. Quando decidiu voltar para resgatá-la, soube que havia sido atropelada. A experiência fez com que começasse a recolher animais abandonados nas ruas. "Tenho um acordo com meu marido de pegarmos, no máximo, dois cachorros ou gatos por vez. Nos últimos três anos, já consegui lar para mais de 100 animais e fico com eles o tempo que for preciso", conta Betty, que tem seis animais de estimação permanentes. O trabalho do biólogo Lito Fernandez, de São Paulo, tomou proporções ainda maiores. Depois de encher a casa de animais – já chegou a ter oitenta bichos juntos e a contratar pessoas para ajudá-lo na manutenção –, ele organizou o Projeto Natureza em Forma, que promove a adoção de animais abandonados. O projeto funciona há seis anos, conta com 25 voluntários e já conseguiu lar para 2.200 cães. Fernandez recolhe os animais no Centro de Controle de Zoonoses e os leva a feiras e eventos onde possa haver pessoas interessadas em adotá-los.

Um fator que colabora para elevar o número de cães abandonados é que, de tempos em tempos, torna-se moda possuir um animal de determinada raça. Desde que a collie Lassie fez sua estreia nas telas de cinema, em 1943, basta uma raça ganhar os holofotes para que a procura por seus espécimes aumente (veja o quadro abaixo). Passado o modismo, muitos donos não querem mais saber de exibir o animal, ou acham que ele dá muito trabalho. Há três anos, o empresário paulista Marcelo Januário leu o best-seller Marley & Eu, do americano John Grogan, em que os protagonistas são um labrador e seu dono, e se entusiasmou com a ideia de comprar um cão da mesma raça. Pagou 630 reais por um filhote de fêmea, mas, dois anos depois, precisou doar o animal. "Ela passava muito tempo sozinha, então comia desde sapatos até o controle remoto, destruiu o sofá e latia a noite toda. Eu a adorava, mas não tinha noção do trabalho que dava", explica Januário.

Para estimular a posse responsável de animais e diminuir o abandono de cães nas ruas e abrigos, há dois anos o governo suíço promulgou uma lei curiosa. Quem compra um cachorro, além de registrá-lo, precisa fazer um curso que envolve teoria (necessidades e desejos dos animais) e prática (situações que podem acontecer durante um passeio com o animal, por exemplo). Abandonar o melhor amigo do homem não é hábito só dos brasileiros.


Fonte: VEJA


Haiti: ajudar os animais ajuda os humanos também


Como nossos esforços de ajuda animal podem ajudar os problemas de saúde humanos.

Os drs. Ian Robinson e Michael Booth, do IFAW (Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal) se encontraram com os representantes do governo haitiano na capital haitiana de Port-au-Prince, sábado, 23 de janeiro.

Ian e Mike, junto com 2 representantes da WSPA, e possivelmente outros membros da Coalisão de Ajuda Animal para o Haiti, (a coalisão que nós formamos com a WSPA) apresentaram planos para tratar de animais feridos, dar-lhes comida e água, e vaciná-los contra doenças fatais. A equipe também planeja avaliações nas áreas mais fortemente atingidas de Port-au-Prince.

E é claro, nós estamos preparando nosso hospital veterinário móvel para implantação. A cidade capital ainda é insegura e perigosa, mas assim que for seguro entrar, nossa equipe será implantada.

Os esforços humanos de ajuda estão começando agora a se manter, enquanto que organizações humanitárias estão dando aos haitianos comida, abrigo e cuidados médicos. É claro que os animais haitianos estão sofrendo também, e nossa missão é vital. Todas as organizações de ajuda têm um papel a desempenhar, e é crucial que todos trabalhemos juntos.

Problemas de saúde animais levam a problemas de saúde humanos

Como você pode imaginar, em desastres como este terremoto, há sempre surtos de doença, algumas transmitidas de animais para humanos. Estes surtos - ou até mesmo o medo de surtos - podem levar a sérias crueldades contra os animais. Por exemplo, uma ameaça de surto de raiva pode levar à matança de animais sem teto, até mesmo os que foram vacinados.

Nossas recomendações ao governo haitiano incluem planos para proteger animais - e consequentemente os humanos - através de: cuidado à população de animais sem teto, dando-lhes comida e água e, se necessário, vacinas que previnirão surtos de raiva e outras doenças que possam se espalhar aos humanos.

Animais de fazenda podem sofrer doenças - como anthrax - que também podem afetar seres humanos. E com a maior parte da cidade destruída, os animais de fazenda nas comunidades rurais desempenharão um papel importante na recuperação econômica do Haiti. Portanto, cuidar dos animais de fazenda é parte essencial do nosso plano.

E, é claro, nosso plano fornece cuidados médicos críticos para animais feridos, além de comida e água, e vitaminas para lhes ajudar a fortalecer seus sistemas imunológicos.

Nós esperamos que esses esforços combinados ajudarão a manter uma população animais saudável, enquanto que também reduzam o risco de problemas de doenças relacionadas a animais.

É claro que nada desse trabalho de salvar vidas seria possível sem a incrível generosidade de tantos apoiadores do IFAW (Fundo Internacional do Bem-Estar Animal). Meu sincero agradecimento vai para todos que fizeram doações e enviaram mensagens de encorajamento para esta missão vital.

Fred O'Regan
Presidente do IFAW
Para saber mais, acesse: www.ifaw.org

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

De olho na balança: animais também sofrem com a obesidade

Ficar de olho na balança não é uma preocupação exclusiva dos seres humanos. Segundo o veterinário Luiz Pereira, da Pet From Ipanema, cães e gatos também precisam tomar cuidado com o excesso de peso e suas consequências. "Antes de mais nada é preciso buscar as causas do problema. Não sendo de fundo endócrino, geralmente a obesidade é resultado da falta de exercícios e do excesso de calorias", diz ele.
De acordo com o profissional, cães costumam engordar mais do que os gatos. Enquanto os felinos tendem a comer somente o necessário para se alimentar, a natureza dos cachorros é mais gulosa: devoram tudo que estiver pela frente. “No caso de animais castrados, é recomendável uma dieta com menos calorias porque, após a cirurgia, a mudança hormonal costuma causar aumento de peso. Estabelecer uma rotina de exercícios, sem exageros, também é importante para mantê-los em forma”, ensina Luiz.
Entre as doenças mais comuns associadas à obesidade estão diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, de coluna e nas articulações. "Em casos mais graves, o animal pode vir a ter um AVC (acidente vascular cerebral)", alerta Luiz.
Ao descobrir que seu animal de estimação está acima do peso, é fundamental correr para o veterinário, em vez de estabelecer uma dieta por conta própria. O profissional fará exames para descobrir se o problema é causado por má alimentação ou distúrbios endócrinos.
Fonte: Globo.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Abaixo assinado APRABLU

Foi iniciado o Abaixo Assinado, para conseguirmos um espaço em Blumenau para podermos levar nossos animais de estimação, e sem sermos olhado de lado.

A aceitação já foi grande como vimos na 6ª Cãominhada, mas necessitamos de mais assinaturas e por isso as folhas para assinatura encontram-se nos seguintes locais:

- Pet shop no Pet Ani + Pet shop - Rua Amazonas
- Agro-Avícola Pet da Rua Amazonas
- Atol do Angeloni
- Giassi Pet Paraíso
- Banca 360 - na XV de Novembro (em frente à Flamingo)
- Canil Vitória.

Contamos com a colaboração e divulgação desta proposta.

Calendário canino

A Maverick Arts Club usa a criatividade aliada ao bom humor para cativar a clientela. Com o auxílio do Photoshop (ferramenta para edição de imagens), essa empresa de arte britânica se especializou em criar personagens-animais, que são apresentados sempre em situações divertidas. O primeiro grande sucesso foi o lançamento de um calendário com cães da raça West Highland White Terrier praticando esqui aquático.
Agora, a Maverick divulga o seu mais novo calendário: uma engraçada coleção de fotos, em que cachorros da raça Jack Russell Terrier aparecem dando duro numa oficina mecânica. Para realizar esse trabalho, os animais são cuidadosamente treinados e fotografados por Steve Bicknell e Paul Cocken, que depois finalizam as imagens no computador.

Fonte: Globo Rural

domingo, 4 de outubro de 2009

Defenda os animais domésticos no Brasil!

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer animal. Porém, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4.548/98) que visa acabar com essa proteção para os animais domésticos.
A intenção do Projeto de Lei é alterar o art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a expressão “domésticos e domesticados” e, assim, descriminalizar atos de abuso e maus-tratos contra esses animais.
Essa alteração significaria um enorme retrocesso na história da proteção animal no Brasil, ao tornar ainda mais branda a legislação animal vigente, favorecendo a impunidade.
Os inúmeros casos de maus-tratos que se repetem diariamente no país deixariam de ser crime. O combate às condenáveis rinhas de cães e galos, por exemplo, seria dificultado ao extremo.

Você faria algo bem simples para ajudar os animais domésticos no Brasil?
O momento é delicado, sendo de fundamental importância que todos aqueles que se importam com os animais se manifestem. Lembre-se que a opinião popular é essencial para a aprovação ou rejeição de leis.
A WSPA Brasil elaborou uma carta online a ser enviada aos deputados federais, pedindo que NÃO APROVEM o Projeto de Lei 4.548/98, que modifica o art.32.

Acesse http://www.wspabrasil.org/ , assine a carta online, e ajude a defender os nossos animais!!! PARTICIPE!! FAÇA A SUA PARTE!

Imagem do dia


O ponto de vista do cão

Os cientistas começam a desvendar um mistério milenar: como os cachorros veem o mundo e por que eles são tão apegados a seus donos.

Não há parceria como a do homem com o cão. Ainda assim, em termos de estudos científicos, os ratos recebem maior atenção que o cachorro. Devido a seu uso como cobaia, sabe-se quase tudo sobre o comportamento dos roedores e até já se descobriu como tornar sua existência mais longeva. Por outro lado, o convívio por mais de 14 000 anos permitiu ao homem entender, na prática, bastante bem o comportamento canino. Mas também levou à concepção emotiva de que, de certa forma, o totó tem um lado humano, ainda que insista em fazer xixi no poste. Sobre esse assunto já não se está completamente no escuro. Uma série de estudos recentes lançou luzes sobre, digamos, a vida interior dos cães. Obviamente, o que se está descobrindo nada tem de humano.
A apreciação científica mais completa sobre a mente canina está no livro Inside of a Dog: What Dogs See, Smell and Know ("Dentro de um cão: o que os cães veem, cheiram e sabem", em inglês), da americana Alexandra Horowitz. Desde o lançamento, no início de setembro, a obra está na lista das mais vendidas. Psicóloga da Universidade Colúmbia, com especialização em ciência da cognição, Alexandra se propõe a explicar o que significa ser um cachorro. Em outras palavras, como é o mundo do ponto de vista canino. Cinco meses atrás, a Universidade Harvard abriu um laboratório de pesquisas com 1 000 cães, e a Universidade Duke, na Carolina do Norte, vai abrir o seu neste mês. "O número de estudos sobre cães aumenta porque esses animais, antes estigmatizados pela ciência, são tão interessantes para as pesquisas de convívio social quanto os chimpanzés", diz o biólogo Marc Hauser, chefe do Laboratório de Evolução Cognitiva de Harvard. No início deste ano, ele deixou a pesquisa de primatas para se dedicar aos cães.

Apesar de toda nossa convivência com os cães, talvez seja mais simples entender os chimpanzés, primos na árvore da evolução. Os cães percebem o mundo de um modo tão próprio que só pode ser descrito por analogias. Para poder explicar, a psicóloga Alexandra Horowitz tentou imaginar a vida do ponto de vista de um animal cujo sentido principal é o olfato. Para os cães, o cheiro equivale à visão humana. É o primeiro recurso usado para reconhecer o ambiente ao redor. Quando acordam, esses animais farejam a casa para saber se algo aconteceu enquanto dormiam. Dependendo da raça, um cão pode ter entre 200 milhões e 300 milhões de receptores de olfato nas narinas. O nariz humano só tem 5 milhões. Odores imperceptíveis para nós, como os das moléculas de ácido butírico provenientes das células da epiderme, deixadas por uma presa, compõem para os cães um rastro que pode ser seguido com segurança.
O cão tem maior interesse pelo que é cheirado do que por aquilo que é visto. Paisagens que deixam as pessoas boquiabertas só se tornam interessantes para um canino se o vento trouxer algum cheiro significativo. Cheirar o sapato de um recém-chegado, para um cão, é uma experiência que rende informações que o homem não tem como obter sozinho. O animal consegue saber por onde a pessoa andou e com que frequência esteve naquele lugar, se teve contato com outros animais, se fez sexo recentemente, se está tomada pelo medo ou pela ansiedade. O tempo como uma cadeia contínua de eventos nada significa para o cão. Tempo também é cheiro.
Essa capacidade funciona como um relógio sem ponteiro: o passado, para um cachorro, significa odor enfraquecido; um fato novo tem fragrância forte. Ele realmente é capaz de prever chuva, como se acredita tradicionalmente.
Não se trata de clarividência, e sim da transmissão pelo vento do cheiro da tormenta que se aproxima. "Imagine se cada detalhe de nosso mundo visual tivesse um odor correspondente", escreveu Alexandra Horowitz. "Para um cão, cada pétala de rosa pode ser diferente, pois foi visitada por insetos que deixaram indícios olfativos de sua presença." O olfato age até mesmo enquanto os cães dormem.
O homem, que tem a visão como sentido primordial, sonha com imagens. Provavelmente, o sonho dos cães é repleto de odores. O costume dos donos e veterinários de lavar os cães com xampus cheirosos é terrível para eles. Funciona como se fosse apagada a memória dos episódios das últimas semanas. "A menor fragrância dos produtos de limpeza é quase um insulto olfativo para o cão", escreve Horowitz.

Com um nariz tão desenvolvido, os cães se valem de olhos e ouvidos como sentidos complementares. A gama de cores que os cães percebem varia entre o azul, o verde e o amarelo, com menos nuances de tons que as captadas pelo olho humano. Com um número menor de fotorreceptores que o olho humano, eles têm dificuldade em ver objetos próximos. Em compensação, a visão periférica pode ser sensacional em certas raças, chegando a 270 graus (a do homem é de apenas 180 graus). A audição canina é mais sensível e tem um espectro muito maior que a humana. Um ambiente silencioso, como um quarto escuro durante a madrugada, é cheio de ruídos para os cães.
Eles percebem sons muito baixos, como passos do outro lado da rua ou o movimento dos ratos entre as paredes, e também sons inaudíveis para o homem, como as ondas de alta frequência emitidas por relógios digitais. Da mesma forma, um cão pode localizar a origem de um som mais rápido que um ser humano. Os dezoito ou mais músculos especializados permitem ao cão dobrar, girar, levantar e baixar as orelhas. No homem, apenas seis músculos sustentam as orelhas.

Os cães descendem dos lobos, e a separação se deu há tão pouco tempo que as duas espécies ainda podem cruzar e gerar descendentes. Mas as diferenças já são enormes. O cérebro do animal doméstico é, em média, 20% menor que o de seu ancestral. Talvez para sobreviver entre os homens eles não necessitem da astúcia de um lobo silvestre. De acordo com Alexandra Horowitz, a ideia de que o dono precisa mostrar que é uma espécie de macho alfa não faz sentido. Os cães também não formam matilhas. Não existe entre eles um macho dominante como há entre os lobos. Talvez o cão veja no homem um companheiro, e não necessariamente um chefe. O animal domesticado se tornou especialista nas reações humanas. Ele percebe o sentido pela entonação da voz e é capaz de diferenciar o elogio da reprimenda. Da mesma forma, ele olha para o rosto humano em busca de informações, orientações e segurança. No final, é mesmo o melhor amigo do homem.

Fonte: Veja.com

Fique de olho no humor de seu animal doméstico

Quando o ativo Dinho, um pinscher de 12 anos, parou de brincar com os demais cães da casa, sua dona, Aline de Paula, de 22, estranhou. "Ele ficou amuado e se poupava até para fazer as necessidades fisiológicas: fazia rápido e voltava a ficar deitado", conta. As alterações de comportamento eram sinal de algo grave, que Aline só descobriu ao levar o animal de estimação a uma consulta veterinária: um câncer na boca.

O caso é emblemático. Mudanças comportamentais são comuns em animais com dor. As dores crônicas são as maiores responsáveis, caso dos males ligados à idade, como câncer, hérnia de disco, artrose e nefropatia (a alteração da função dos rins). "A expectativa de vida de gatos e cachorros cresceu e eles estão pagando o preço, com o aumento da incidência de doenças relacionadas à idade avançada", diz Karina Yazbek, veterinária certificada pela Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED). São considerados idosos os gatos com mais de 7 anos. Cães de pequeno porte se tornam senis aos 8 anos, e os de tamanho médio, aos 7. Já cachorros grandes envelhecem cedo, entre 5 e 6 anos. E vivem menos: aproximadamente 10 anos. Os outros têm expectativa de vida entre 13 e 20 anos. Gatos podem alcançar 15.

Leitura de sinais
A sinalização de dores é algo relativamente novo na vida dos animais, segundo explica Yazbek: trata-se de uma consequência da domesticação desses bichos pelo homem. Na natureza, para não se mostrar presa fácil, era preciso agir de forma contrária, camuflando fragilidades.

"Os gatos ainda preservam um pouco desse instinto de sobrevivência: você não vê um deles demonstrando dor quando está perto de cães", explica a veterinária Patrícia Flôr. "Por isso, é mais difícil perceber sintomas: os gatos se escondem no armário, debaixo da cama ou dentro do box do banheiro, porque é gelado e pode amortecer a região dolorida", complementa.

A auto-mutilação, um dos comportamentos adotados por cachorros com dor física, também pode estar atrelada a perturbações psicológicas. Animais que perdem seus donos, por exemplo, podem se lamber até gerar uma lesão no local alvejado."

A carência é causa de distúrbio psíquico: animais que se sentem abandonados chegam a se machucar na tentativa de atrair a atenção do dono", diz Yazbek. Por meio de exame físico, um veterinário pode averiguar se há algo no corpo do animal que o incomode a ponto de atrair lambidas ou se ele sofre de alguma neurose. Um raio-x na área também é recomendado.

As dores dos nossos bichos
Caso seu animal doméstico apresente os sintomas a seguir, leve-o ao veterinário:

- Tristeza, apatia e prostração
- Menor interação com o proprietário (não o recebe no portão, não quer brincar)
- Redução de mobilidade
- Diminuição do apetite
- Automutilação (fustigando alguma parte do corpo, como a pata)
- Ganidos e grunhidos (em caso de dor aguda, como a pós-operatória)
- Agressividade ou timidez (sinais opostos para expressar a dor)
- Respiração ofegante e batimentos cardíacos acelerados
- Insônia e cansaço

Cães
- Aumento da carência (ele quer chamar a atenção para mostrar que está mal)
- Não levantar a perna para urinar

Gatos:

- Redução dos hábitos de auto-higiene
- Aumento do isolamento

Fonte: Veja.com

Já massageou seu gato hoje?

Massagear o gato é uma prática que traz benefícios para ele e para o dono.

Este é um procedimento que recomendo para todo dono de gato! A massagem presenteia o felino com momentos de prazer e de relaxamento
.

Confiança e carinho
Durante a massagem, o gato associa o prazer que está sentindo com a presença, o cheiro e a voz do proprietário. Com o tempo, vai se deixando tocar em mais lugares, à medida que percebe não correr risco. Isso faz o gato confiar cada vez mais no dono e gostar cada vez mais dele.

Estresse e relaxamento
Uma massagem mais profunda é capaz de provocar um relaxamento ainda maior do que um simples carinho superficial. Mas, se o gato não estiver acostumado a esse tipo de interação, o efeito pode ser oposto, estressando-o ainda mais. Em situações tensas, portanto, só lance mão da massagem depois de o gato estar habituado a ser manipulado.

Incômodos e dores
Nossos bichos, infelizmente, não conseguem nos comunicar quando sentem dor. Para detectá-la, precisamos perceber sintomas como parar de comer, impaciência, agitação e, em alguns casos, agressividade.

Com os gatos essa percepção pode ser especialmente difícil, pois, instintivamente, eles disfarçam a dor e o desconforto para não mostrar fraqueza. O motivo é que ficam em situação de risco na natureza se os adversários perceberem que não estão bem ou que se encontram feridos.

Uma das técnicas dos médicos-veterinários para descobrir se o gato está sentindo dor é apalpá-lo. Ao ser pressionado no local dolorido, o gato tem reações que permitem saber da existência de problema e em qual região do corpo isso ocorre.

A limitação dessa técnica é não funcionar bem quando o gato está assustado, exatamente o que se espera que aconteça quando ele é apalpado por um desconhecido, fora de seu território.

Por meio de massagens diárias, podemos acostumar o gato à manipulação. Assim, será mais fácil submetê-lo a futuros exames. O proprietário conhecerá profundamente o corpo do gato, as reações típicas dele e os pontos mais sensíveis. Com essas informações, será possível dar uma importante ajuda ao médico-veterinário. O dono terá condições de fazer uma descrição precisa dos locais do corpo que, quando pressionados, fazem o gato reagir com sinais de dor. Também é esperado que o gato aceite com menos tensão o exame clínico do veterinário, pois estará acostumado a ser apalpado.

Como fazer a massagem
Existem várias técnicas para massagear gatos, descritas em livros, sites e DVDs, algumas, inclusive, patenteadas. Portanto, para quem quiser ir mais a fundo, há bastante conteúdo disponível por aí.

Mas não é preciso ser um expert para começar a usufruir os diversos benefícios da massagem animal. Seguindo algumas dicas gerais, você poderá praticar hoje mesmo em seu gato.

Tipo de massagem
Ao fazer carinho no gato, coloque um pouco mais de pressão nas mãos. Tente sentir o corpo do felino por baixo da pele - músculos, ossos e articulações. Concentre-se como se quisesse descobrir cada pedacinho dele, sem deixar despercebida qualquer parte do corpo.

Tempo, local e posição
É importante que o momento da massagem seja prazeroso, tanto para você quanto para o gato. Respeite, portanto, os limites dele. Aos poucos, ele aprenderá a relaxar e a confiar cada vez mais em você ao ser massageado.

Forçar o gato a aceitar uma massagem mais prolongada do que está disposto a aceitar ou querer que ele continue deitado contra a vontade costumam ser iniciativas contraproducentes. Não há problema se, no início, for preciso dividir a massagem em várias sessões, até conseguir que o gato seja massageado por inteiro.

Regiões sensíveis ou doloridas
Nunca inicie a massagem em uma parte do corpo que possa estar dolorida. Tome também muito cuidado ao manipular uma região sensível. Não é intuito da massagem causar dor, e sim prazer e relaxamento.

Se perceber que o gato está se sentindo incomodado ou se houver possibilidade de machucá-lo, não exagere na pressão. Procure conhecer até que limite ele a aceita tranquilamente. No futuro, uma mudança nesse limite poderá indicar um problema de saúde.

Quando começam a receber carinho ou a ser massageados, os gatos não costumam permitir que a região do abdômen seja tocada. Nesse caso, evita-se massagear a barriga do felino até que ele fique totalmente relaxado ao ser manipulado. Muitos donos só conseguem fazer isso depois de massagear o gato por meses!


Fonte: Cão Cidadão


Dr. Pet dá dicas para cuidar do seu bichano

Livros sobre cães e gatos divertem e ensinam a cuidar dos bichos

Veja abaixo uma seleção de títulos sobre cães, gatos, pássaros e outros animais. Os livros ensinam a cuidar dos bichos, inspiram e divertem os donos de animais domésticos.
"Cuide Bem" - a série possui três volumes: "Gato", "Pássaro", e "Cachorro". Em cada livro, há idéias e sugestões para deixar o companheiro doméstico saudável e feliz. Dentre os conselhos estão como balancear a alimentação do animal, onde colocá-lo para dormir, brincadeiras, exercícios e dicas específicas para cada um deles.
"Astrocats" - de Julia Harris, é um guia prático e divertido que ajuda a conhecer melhor um gato com a ajuda da astrologia. No final do livro há um questionário para identificar o signo do gato e uma lista dos gostos e preferência dos bichanos, além de seus elementos e compatibilidade com outros signos.

"Os Gatos Nem Sempre Caem em Pé" - de Erin Barrett e Jack Mingo, reúne mais de 500 histórias e informações curiosas sobre o mundo dos felinos. Há aventuras de personalidades e seus gatos famosos, dados científicos e históricos sobre facetas deste companheiro dos humanos.

"Quanto Mais eu Entendo os Homens, Mais eu Gosto do Meu Gato" - de Daisy Hay, compara homens e gatos de maneira bem-humorada. Dentre os aspectos em comum o livro cita que ambos possuem as costas peludas, dormem o dia inteiro, mas também há diferenças. Os gatos, por exemplo, nunca erram o local de urinar, e, quando ficam chatos, basta colocá-los para fora. Com os homens é diferente.

"Cachorro Magro" - Aprenda a alimentar corretamente o cachorro --para deixá-lo saudável e sempre disposto. Dê para o seu melhor amigo um corpinho magro e saudável e energia de sobra para brincar! Este livro, da editora Panda Books, é um guia prático e indispensável para quem quer deixar o bicho de estimação saudável e sarado. No livro, o leitor saberá qual é modo certo de alimentar o seu animalzinho, as principais diferenças entre os vários tipos de ração e os exercícios indicados para o emagrecimento. O livro traz ainda quadros e dicas sobre raças e nutrição.

"São Paulo Para Cães e Gatos" - Óculos de sol, panetone, festinhas de casamento, aulas de natação... Só mesmo uma cidade como a capital paulista poderia oferecer opções tão exóticas para cachorros e bichanos. Este guia, da editora Panda Books, reúne 116 endereços para o seu cachorro e seu gato. Descubra como lidar com um pet com problemas psicológicos, onde fazer um curso de gatoterapia e até as casas que oferecem especialidades veterinárias e terapias alternativas que vão da ortodontia à acupuntura.

"De Bagdá, Com Muito Amor" - Em meio aos escombros da cidade iraquiana Fallujah, no Iraque, o marine norte-americano Jay Kopelman encontra --e imediatamente adota-- um cachorro vira-lata, a quem chama de Lava. Seu esforço para manter Lava por perto em meio à insanidade da guerra e contra as ordens de seus superiores fornece a linha condutora do livro.

Os livros podem ser encontrados na Livraria da Folha ou ainda pelo telefone 0800-140090.
Fonte: Folha On Line

BBC cria o maior zoológico online do mundo

A BBC criou um enorme zôo virtual, o BBC Wildlife Finder, alimentado por fotografias e vídeos de natureza.É como um zôo, mas com algumas vantagens, para compensar a óbvia desvantagem da ausência real dos bichos: o leão nunca está dormindo naquela toca atrás da árvore no fundo da jaula; os animais pequenos são fotografados ou filmados com lentes de aumento; e os hábitos noturnos são capturados com câmeras infra-vermelhas (aquelas que enxergam tudo verde no escuro).
Com 370 espécies, o zôo virtual crescerá a cada dia, promete a BBC. Para quem gosta de bicho, é para gravar no favoritos.

Fonte: Estadão

Bem-estar animal